O assassinato do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, delator da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, completa um mês neste domingo (8). O crime teve repercussão nacional, pela ousadia da organização criminosa em cometer um homicídio com fuzis, dentro do maior aeroporto do Brasil.
Três suspeitos de participação no crime foram presos, na última semana. Porém, dois deles foram soltos em audiência de custódia, pois a Justiça entendeu que as prisões foram ilegais. As informações são do portal Uol.
Confira a cronologia do caso:
- 31/10/2024: Empresário Vinícius Gritzbach foi ouvido na Corregedoria da Polícia Civil sobre uma suposta extorsão a policiais civis, após falar sobre o crime em uma delação premiada firmada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) que detalhou atividades da facção PCC.
- 8/11/2024: Gritzbach foi fuzilado com 10 tiros, efetuados por homens encapuzados, no Terminal 2 de desembarque do Aeroporto de Guarulhos. Ele voltava de Maceió com a namorada, o motorista e um segurança (policial militar).
Outras três pessoas também foram baleadas na ação. Um carro que teria sido utilizado pelos criminosos foi apreendido poucas horas depois do tiroteio, abandonado com munições de fuzil e colete a prova de balas.
- 9/11/2024: Três fuzis com dez carregadores e uma pistola com um carregador, que teriam sido utilizados no homicídio, foram apreendidos pela Polícia Militar, na mesma rua que o carro tinha sido apreendido.
O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, um dos baleados no Aeroporto, morreu no dia seguinte ao tiroteio. No mesmo dia, a Polícia Federal (PF) anunciou que investigaria o caso.
- 19/11/2024: A Polícia Civil de São Paulo divulgou a identidade do primeiro suspeito de envolvimento com o crime: Kauê do Amaral Coelho, 29. Ele seria um olheiro de Gritzbach e estava no saguão do Terminal 2 para acompanhar a chegada da vítima. Kauê segue foragido.
- 22/11/2024: A identidade do segundo suspeito de participação no crime foi divulgada: Matheus Augusto de Castro Mota, que também está foragido. Ele teria fornecido veículos para a fuga dos criminosos. No mesmo dia, a Polícia cumpriu oito mandados de busca e apreensão e prisão na capital paulista.
- 30/11/2024: Polícia identificou um suspeito de ser um atirador e um suspeito de ser o mandante do crime, mas não divulgou os nomes. O mandante seria ligado a Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, assassinado a tiros em 2021 - crime pelo qual Gritzbach foi acusado pelo Ministério Público de ser o mandante e virou réu na Justiça.
- 6/12/2024: Marcos Henrique Soares, 22, e o tio dele, Allan Pereira Soares, 44, foram presos por policiais militares por suspeita de participar do crime. Porém, no dia seguinte, a dupla foi solta pela juíza Juliana Petelli da Guia, que entendeu que "não havia elementos para comprovar a situação de flagrante, de modo que cumpre reconhecer a ilegalidade do ato".
- 7/12/2024: No dia seguinte, foi preso Matheus Soares Brito, irmão de Marcos, por suspeita de ter colaborado com a fuga dos atiradores. Outros suspeitos foram levados à delegacia, mas terminaram liberados. Segundo o Uol, os policiais militares podem ter confundido os irmãos, ao prender Marcos no dia anterior.