Modelo Bruno Krupp foi 'grosseiro' ao ser preso, diz delegado

Influenciador recebeu voz de prisão na manhã desta quarta-feira (3) no Hospital Marcos Morais, onde está internado

Preso na manhã desta quarta-feira (3) por atropelar e matar um adolescente de 16 anos na Barra da Tijuca, o modelo Bruno Krupp, 25, agiu de forma grosseira com os agentes ao receber voz de prisão no Hospital Marcos Morais, onde está internado. As informações são do Metrópoles

“O que me foi passado pelos policiais é que ele foi um pouco rude, agiu de forma grosseira, e disse que só falaria através dos advogados”, disse ao jornal o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital, da Polícia Civil do Rio. 

Krupp é investigado por homicídio com dolo eventual pela morte de João Gabriel Cardim Guimarães. O jovem atravessava a avenida Lúcio Costa, no sábado (30), quando foi atingido pela motocicleta do modelo.

A perna esquerda do jovem foi amputada com o impacto e arremessada 50 metros à frente da batida. João Gabriel foi socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

“Uma vida ceifada. Um adolescente de apenas 16 anos, perder a vida assim, ser atropelado ao lado de sua mãe, quando atravessava junto a faixa de pedestres. As testemunhas apontam que ele andava a mais de 150km/h. É algo muito chocante”, disse o delegado Lopes. 

Pai estima velocidade a 100 km/h 

Na tarde desta quarta, Bruno passa por uma cirurgia para reparação da pele dos braços e das pernas, segundo informações do O Globo.

Em entrevista ao jornal, o pai dele, o gerente de gases industriais José Darcy Krupp Filho, disse que Bruno estimou estar a cerca de 100 km/h no momento do atropelamento, acima da máxima permitida para a via. O veículo conduzido pelo modelo ainda será periciado. 

"Meu filho acredita que dirigia a aproximadamente 100 quilômetros por hora, quando a vítima saiu, atravessou para o meio da rua, fora da faixa de pedestres, e voltou, sendo a batida inevitável. Mas posso garantir que em momento algum ele se furtou a responder pelos seus atos, não fugindo do local nem se esquivando de prestar qualquer tipo de esclarecimento", disse. 

Bruno Krupp não tem previsão de alta e é acompanhado por dois policiais militares.

Defesa alega problema nos freios

Responsável pela defesa do modelo, o advogado William Pena disse nesta quarta-feira que a moto que seu cliente pilotava teve uma pane nos freios antes do atropelamento, segundo o G1.

"O que ele me disse hoje, logo antes de entrar pra cirurgia, foi que a moto deu uma pane no freio e ele perdeu o controle, porque ele se assustou com o rapaz voltando", comentou o advogado.

O advogado alega ainda que não houve dolo na ação de Bruno, ou seja, ele não teve a intenção de praticar o ato. William Pena admite, no entanto, que o condutor estava rápido demais.

"Eu até acredito que sim [estava rápido demais]. Mas uma moto de quase mil cilindradas... A juventude de hoje quer dar uma arrancada, e ele vai pagar o preço pelo erro que cometeu de imperícia", disse.