A ex-jogadora de vôlei e nutricionista Sandra Mathias, indiciada na quarta-feira (19) por maus-tratos e lesão corporal contra a mãe, tentou interná-la a força em uma clínica psiquiátrica, segundo depoimento da própria idosa à Polícia Civil do Rio de Janeiro. As informações são do g1.
O incidente foi confirmado por Mário Mathias Correia de Sá, irmão da ex-atleta, em depoimento. Segundo as investigações, Sandra também deu socos, tapas e pontapés na mãe. O episódio aconteceu em novembro do ano passado.
As agressões aconteceram na tentativa de levá-la para a clínica, segundo a polícia. Sandra ainda tentou amarrar a mãe com um lençol, de acordo com a investigação. Laís Mathias Correia de Sá, de 77 anos, disse ter ficado em cárcere privado depois que o plano de saúde negou a Sandra a internação psiquiátrica.
A idosa conseguiu falar com o filho, que mora em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, e foi resgatar a mãe no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde ela morava. Foi ele quem chamou policiais militares para averiguar a denúncia da mãe de cárcere privado – que não foi comprovada -, e de agressão.
Conta bancária
Mário levou a mãe para fazer exame de corpo de delito, cujo resultado deu positivo para agressão por ação contundente.
Ele ainda denunciou a irmã à polícia porque ela estava com os cartões do banco de Laís. Contou ainda que Sandra teria dado ordens à gerente do banco para que a idosa não pudesse usar sua conta bancária.
“A declarante só quer ir para a casa do filho, que precisa sair um pouco de casa e sofre muito com Sandra sempre de mau-humor. A declarante não pode nem rir que incomoda Sandra”, diz trecho do depoimento revelado pelo g1.
Laís pediu ainda uma medida protetiva contra a filha. Sandra também já foi acusada de agressão pelo pai.
Sandra Mathias tem outras três passagens pela Polícia: uma por lesão corporal, em 2007, outra por injúria e ameaça, em 2012, e uma terceira por furto de energia, em 2021.
Agressão a entregadores
Em 9 de abril, domingo de Páscoa, Sandra foi flagrada agredindo verbal e fisicamente entregadores de aplicativo que trafegavam de moto na calçada em que ela passeava com seu cachorro.
Nas imagens, Sandra diz para os homens "voltarem para a favela". Depois, tirou a guia do cachorro e chicoteou ao menos quatro vezes as costas de um deles, Max Ângelo dos Santos.
A suspeita prestou depoimento na segunda-feira (17), alegando que se sentiu ameaçada e foi vítima de homofobia pelos entregadores. Max negou as acusações e afirmou que Sandra quer "justificar o injustificável".
Ainda em depoimento à polícia, Sandra negou que teria sido racista e justificou o uso da coleira de seu cachorro para "se defender".