A irmã de Léo Moura, ex-jogador de futebol, é procurada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) por suspeita de estelionato na venda de ingressos no Rock in Rio. Lívia da Silva Moura teria prometido entregar 26 ingressos para diferentes dias do festival.
Só de uma vítima, ela teria recebido R$ 20,8 mil por meio de Pix. A mulher, suspeita de integrar uma organização criminosa, inclusive com membros dentro da organização do Rock in Rio, enganava as pessoas por meio de um site falso. Lívia usava o nome do irmão para ter mais "credibilidade" com as vítimas de seus golpes As informações são do G1.
A operação, que conta também com atuação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi até a casa de Lívia, localizada no bairro Freguesia, mas ela não estava. Mesmo assim, os agentes cumpriram o mandado de busca e apreensão, encontrando ingressos verdadeiros e falsos para o festival.
Prejuízo
O prejuízo com os ingressos passa de R$ 300 mil. Segundo Leandro Gontijo, delegado titular da 16ª DP da Barra da Tijuca, Lívia Moura ostentava uma credencial falsa, como se fosse da produção do festival.
O Rock in Rio afirmou ao G1 que ela não tem "qualquer relação com o evento". Lívia não esteve presente no evento-teste e também não integra a operação do festival.
“O golpe, ela aplica em várias frentes... Ela vende ingressos possuindo contatos lá dentro [do Rock in Rio] e repassando os números desses ingressos, sendo que as pessoas compram esses ingressos em sites falsos. Ela também falsifica ingressos físicos realmente, no caso de cortesias e vouchers também. E esse golpe, no caso em questão de hoje, a Justiça imobilizou R$ 300 mil da conta dela”, afirmou delegado Leandro Gontijo.
As pessoas veem a vantagem, o ingresso mais barato, e acessam o site que possui uma grafia parecida com a do evento, do Rock in Rio, e não é. Compram o ingresso com preço inferior, acham que estão fazendo um bom negócio e, na verdade, não compraram o ingresso e ela subtraiu o dinheiro deles
Léo Moura se pronuncia
O ex-atleta do Flamengo e do Grêmio Léo Moura se pronunciou sobre o caso da irmã afirmando que "não se envolve e nem compactua com isso". "Se errou, que pague pelos erros e não cometa novamente", disse em publicação nos stories do Instagram.
"Só quero deixar claro novamente que os problemas da minha irmã são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família. Tenho minha família e um nome que zelo por muitos anos. Estamos tristes pelo acontecido porque somos humanos. Mas, estamos e ficaremos sempre do lado que é certo", escreveu Léo.
Acusada de mais golpes
Segundo o jornal O Dia, Lívia Moura já foi acusada de estelionato em outras duas ocasiões. A última foi em 2019, quando grupo com cerca de 30 torcedores do Flamengo a acusou de golpe na venda de ingressos para Flamengo e Grêmio.
O grupo, que saiu de Manaus (AM) para o Rio de Janeiro, nunca recebeu os ingressos. O prejuízo foi de mais de R$ 25 mil nos 30 ingressos, vendidos por preços que variaram entre R$ 300 e R$ 600.
Em 2017, Lívia foi acusada de dar um golpe no jogador de futebol Renato Augusto. Ela teria se comprometido a organizar a festa de um ano do casamento do atleta, mas não realizou o evento, subtraindo R$ 200 mil.