Investigação sobre queda de helicóptero no litoral de SP 'terá o menor prazo possível', diz FAB

Aeronave foi encontrada nesta sexta-feira (12). Os três passageiros e o piloto morreram

A Força Aérea Brasileira (FAB) emitiu nota, nesta sexta-feira (12), informando que a investigação da queda do helicóptero em Paraibuna (SP) — encontrado após 12 dias de buscas em uma área de mata fechada — será no "menor prazo possível". No sábado (13), por volta das 9 horas, a Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) informou que os corpos foram retirados do local do acidente.

Os três passageiros e o piloto foram encontrados mortos pelas forças de Segurança nesta sexta. O helicóptero decolou às 13h15 do dia 31 de dezembro, do Aeroporto Campo de Marte, e perdeu contato com as torres de comando. A FAB foi notificada do desaparecimento às 22h30 do mesmo dia.

Assista ao resgate da PM SP:

A aeronave foi avistada por agentes que sobrevoavam a região a bordo do helicóptero Águia 24 da PM. Um pedaço do helicóptero com a matrícula preservada foi localizado na mata pelas equipes da FAB.

As buscas foram concentradas na região de serra do Litoral Norte de São Paulo, entre Caraguatatuba e Paraibuna, além de ter sobrevoado a região de Natividade da Serra e São Luiz do Paraitinga.

A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
Força Aérea Brasileira (FAB)
Comunicado emitido na sexta-feira (12)

Retirada dos corpos

No sábado, a Polícia Militar de São Paulo usou as redes sociais para informar que os corpos foram retirados na mata e serão encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). 

Ainda de acordo com a corporação, devido ao mau tempo na região, o transporte será feito por vias terrestres.

Investigação com equipe especializada

Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados, ainda nesta sexta, para realizar a chamada "ação inicial da ocorrência".

Ainda conforme a FAB, para poder averiguar as causas da queda da aeronave, o órgão de investigação utiliza "técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação".

Quem eram os passageiros do helicóptero desaparecido

A aeronave decolou com quatro pessoas: Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20, e um amigo chamado Rafael. Além deles, havia o piloto Cassiano Tete Teodoro, que já teve a licença cassada por transporte clandestino.

Mãe e filha, Luciana e Letícia eram autônomas e moravam no bairro do Limão, localizado na zona norte de São Paulo. Elas foram convidadas pelo amigo Rafael para fazer um "bate-volta" até Ilhabela, na véspera do Ano Novo.

Em entrevista ao portal g1, Neuza Maria Rodzewics, mãe e avó das passageiras, afirmou que estava chovendo e havia muita neblina no dia do acidente.

"Eles iam fazer um passeio bate-volta. Chegando lá a minha neta mandou um contato para o namorado, dizendo que estavam tentando retornar porque não dava para pousar. Estava chovendo muito, com muita neblina. Isso foi umas 14h35, foi o último contato", disse.

Segundo publicação do portal g1, Letícia trabalhava no ramo da estética, em um estúdio onde fazia pintura de unhas. Já Luciana era vendedora, no ramo alimentício, comercializando sal para empresas.