Idoso de 100 anos tem plano de saúde com mensalidade de R$ 16,9 mil cancelado por 'falta de elegibilidade', em SP

Empresa alega que pedido para encerramento de contrato foi feito pelos beneficiários

Escrito por
(Atualizado às 14:30)

Um idoso de 100 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi surpreendido em um consulta médica ao saber que o plano de saúde dele foi cancelado. Ele pagava R$ 16,9 mil de mensalidade pelo benefício e tinha a esposa, de 89 anos, como dependente. O caso aconteceu em Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.

A notícia foi dada após a ida do homem ao Hospital São Luiz. Ele havia ido à unidade para trocar uma sonda urinária. Lá, o idoso foi informado que o contrato havia sido excluído pela SulAmérica Saúde, e teve de realizar o procedimento na rede pública.

De acordo com o Metrópoles, o motivo do cancelamento alegado pela operadora de saúde foi "falta de elegibilidade". A SulAmérica também argumentou que os planos coletivos por adesão são aqueles que oferecem cobertura “à pessoa que mantenha vínculo com entidades de caráter profissional, classista ou setorial”. 

O benefício era resultado de um acordo feito em 2008 entre a empresa e a Federação do Comércio Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), onde o homem centenário trabalhou. Agora, ele move uma ação contra a SulAmérica e a corretora Qualicorp Administradora.

A decisão ainda não foi julgada pela Justiça. Contudo, o idoso conseguiu uma liminar para que o plano de saúde dele seja reativado, por meio de decisão da juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível de São Paulo.

Defesa do idoso alega "má-fé"

Em notal ao portal Uol, a defesa do  desconfiou dos motivos que levaram a SulAmérica a cancelar o benefício. Poucos dias antes de descobrir a informação, o idoso havia utilizado o plano normalmente, na busca de conseguir uma consulta médica no mesmo hospital.

Porém, quando foram verificar a "carta de permanência" no site da operadora de saúde, o endereço apontou que o cancelamento se deu "à pedido dos beneficiários". "Isso demonstra a má-fé e a crueldade da medida tomada contra os autores do processo”, pontuou a advogada que representa os casos à Justiça.

>> Acesse nosso canal no Whatsapp e fique por dentro das principais notícias.