Homem apontado como autor de chacina em Ceilândia troca tiros com caseiro e volta a fugir

Mesmo ferido após ser baleado por um funcionário de uma chácara, Lázaro Barbosa segue foragido

O foragido Lázaro Barbosa de Sousa, de 33 anos, segue praticando atos violentos após cometer uma chacina no Distrito Federal, invadir imóveis e atear fogo em um veículo. A ação mais recente do homem foi registrada na noite dessa segunda-feira (14) no município de Edilândia, em Goiás, onde ele trocou tiros com um caseiro de chácara, ficou ferido, mas conseguiu novamente fugir.

As informações foram repassadas ao Correio Braziliense pela Polícia Militar do DF, que estima capturar o suspeito "em breve", segundo o porta-voz da Corporação, major Bueno.

O homem é procurado pelas forças de segurança locais desde a última quarta-feira (9), quando ele invadiu uma chácara e assassinou a tiros quatro pessoas de uma mesma família no DF.

Morreram na ação os empresários Cláudio Vidal, 48, e Cleonice Marques, 43, encontrada somente três dias depois nua e com os cabelos cortados, e os dois filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, 21, e Eduardo Marques Vidal, 15.

Reféns

Na quinta-feira (10), Lázaro rendeu o caseiro de uma chácara e a filha dele próximo ao imóvel dos empresários. O homem chegou a obrigar a mulher a preparar o almoço enquanto ele acompanhava um telejornal. No mesmo dia, voltou a entrar sem permissão em uma casa e fez três pessoas reféns. Duas delas foram obrigadas a fumar maconha. 

Já na sexta-feira (11), o foragido conseguiu chegar em Cocalzinho de Goiás (GO) após roubar um veículo em uma chácara em Ceilândia. Ele incendiou o automóvel na BR-070.

No sábado (12), Lázaro invadiu uma chácara ainda em Cocalzinho e ordenou que o caseiro cozinhasse para ele. Horas depois, baleou três homens que ficaram em estado grave e colocou fogo em outra chácara, próximo à Lagoa Samuel. 

Um cerco policial formado por 200 agentes e 50 viaturas do DF e de Goiás quase prendeu o homem no domingo (13), mas ele percebeu o ponto de bloqueio e abandonou um veículo Corsa que havia furtado para fugir.  Dezessete fazendas foram ocupadas estrategicamente na região de Cocalzinho, cidade do interior goiano onde os últimos crimes teriam acontecido.