O vereador carioca Gabriel Monteiro (PL) descumpriu uma decisão judicial e esteve em uma UPA no início da noite de quarta-feira (13) para realizar uma "vistoria" no local. Segundo funcionários da unidade, que fica na zona norte do Rio de Janeiro, o vereador apresentou comportamento agressivo. Ele só deixou o local após a chegada de policiais militares.
Na última segunda-feira (11), a Justiça Federal acatou pedido do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e determinou que as visitas de Gabriel Monteiro a unidades de saúde do Município aconteçam apenas dentro dos limites legais — desarmado e na companhia de um único assessor.
Em caso de descumprimento, a multa a ser aplicada ao parlamentar é de R$ 50 mil por visita. Segundo a TV Globo, porém, na visita dessa quarta, Monteiro estava acompanhado de quatro pessoas.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), "devido ao comportamento agressivo do vereador com os profissionais de plantão na unidade, a polícia foi acionada. A visita terminou logo após a chegada dos policiais". A SMS informou ainda que havia quatro médicos de plantão na unidade.
Assédio moral e sexual
Gabriel Monteiro responde a processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, acusado por supostos assédios moral e sexual contra assessores e ex-funcionários, por manipulação de vídeos e por infração ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ele também foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) por gravar sexo com adolescentes.
O vereador nega ter cometido os crimes e atribui as acusações a adversários políticos, que estariam "tentando destruí-lo". Monteiro ainda não se posicionou a respeito da visita à UPA.