A Polícia Civil de Mato Grosso descartou, por ora, a hipótese de que Raquel Cattani, de 26 anos, foi morta pelo ex-marido, Romero Xavier. A decisão foi divulgada nesse domingo (21), conforme a Folha de S. Paulo.
"As diligências iniciais realizadas descartam, preliminarmente, o envolvimento do ex-marido da vítima no crime. As equipes das delegacias de Nova Mutum continuam com levantamentos investigativos e oitivas", informou a Polícia Civil.
O corpo da vítima foi encontrado na sexta-feira (19), no sítio onde ela morava em Nova Mutum. No mesmo dia, o ex-marido de Raquel foi ouvido e liberado.
A Polícia informou que não havia evidências no local que indicassem crime de feminicídio. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou nesta segunda-feira (22) que Raquel sofreu 34 lesões causadas por faca.
ENTENDA O CASO
A empresária do ramo de queijos artesanais Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL-MT), foi morta a 30 facadas por volta das 21 horas de quinta-feira (18), apontou a perícia.
O corpo dela, no entanto, só foi encontrado na manhã de sexta-feira (19) no quarto da casa onde ela morava no distrito de Pontal do Marape, no município de Nova Mutum, no interior do Mato Grosso.
Segundo o perito Jomar Silva Magalhães, que esteve na cena do crime — a casa onde Raquel morava com a família, incluindo os dois filhos, de 3 e 6 anos — foi encontrada com diversos cômodos revirados e com muitas manchas de sangue.
O quarto onde a vítima foi encontrada estava completamente revirado, assim como a sala. Uma televisão foi quebrada, e segundo a Polícia Civil, uma moto e um celular que pertenciam à Raquel Cattani foram levados do local.
A propriedade onde Raquel morava com os filhos fica a cerca de 2 km de onde o pai, Gilberto Cattani, mora com a esposa. O corpo da empresária foi encontrado na manhã de sexta-feira pela própria mãe.