Gilvânio dos Santos, 27, ex-funcionário de uma empresa de reciclagem, suspeito de matar o empresário Mário Martello Júnior, 68, um dia após pedir demissão, teria usado o dinheiro da vítima para apostar no "tigrinho". A informação é do delegado Bruno Abreu, responsável pelas investigações, e foi divulgada pelo g1.
O suspeito foi autuado nesta quarta-feira (4) pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. Segundo as investigações, após matar o ex-chefe, ele teria levado pertences da empresa e o cartão de crédito de Martello. Depois, teria utilizado a máquina de cartão da ex-esposa para sacar mais de R$ 1 mil para utilizar em apostas online.
Além disso, Gilvânio teria tentado aplicar golpes nos amigos e na família da vítima. "Após o crime, ele fez um fato inusitado, que foi usar o celular da vítima para pedir dinheiro para parentes e amigos", disse o delegado.
O crime
O corpo do empresário Mário Martello Júnior foi localizado na manhã dessa segunda-feira (2), dentro de um estabelecimento de reciclagem, em Cuiabá. O suspeito do crime, Gilvânio, foi localizado e preso no dia seguinte.
De acordo com as investigações, Martello desapareceu domingo (1º), após combinar de almoçar na casa de um familiar. O sumiço foi registrado em boletim de ocorrência.
No inquérito, a Polícia descobriu ainda que, um dia antes, no sábado (31), Gilvânio foi até a empresa de Martello para cobrar direitos trabalhistas. Em depoimento, o suspeito afirmou que, na ocasião, os dois entraram em luta corporal e a vítima ficou inconsciente após cair e bater a cabeça em uma máquina.
Os investigadores, contudo, acreditam que a vítima tenha sofrido diversos golpes na cabeça, que teriam causado lesões graves. Depois, teria sido jogada em uma área de entulhos da própria empresa, onde foi localizada pela Polícia.
"Ele [Gilvânio] é um pouco dissimulado. Está tentando jogar um crime de lesão corporal seguida de morte, que é diferente de um crime de latrocínio. Mas a perícia vai comprovar que foram efetuados diversos golpes na parte de trás da cabeça da vítima, quebrando os ossos do crânio dele. Nenhuma pancada originada pelo próprio peso teria força para causar essas lesões", afirmou o delegado Bruno Abreu, conforme o Metrópoles.