A substância usada para o envenenamento de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 85, trata-se de um óxido inorgânico. A Polícia Científica de Goiás divulgou, nesta quarta-feira (27), que o veneno foi colocado nos doces consumidos pelas vítimas em Goiânia, Goiás.
A suspeita do crime, a advogada Amanda Partato, 31 anos, abriu o pote de um bolo sem romper o lacre e colocou a substância altamente tóxica. No entanto, a Polícia não divulgou o nome do veneno usado por questões de segurança, já que ele tem uso industrial e pode ser encontrado em revenda de reagentes químicos.
O relatório forense também apontou que as mortes de Leonardo e Luzia não foram devido a causas naturais. Os dois faleceram no dia 17 de dezembro, após apresentar diarreia, vômito e dores abdominais. Eles foram internados, mas entraram em óbito no hospital.
Uma das hipóteses iniciais apontavam que a substância tinha sido colocada no suco. Mais de 300 pesticidas foram procurados nos alimentos, mas as autoridades policiais descartaram o uso de pesticidas na terça-feira (26).
Entenda o caso
Amanda Partata foi presa no dia 20 de dezembro e está, desde então, na Casa do Albergado, em Goiânia. As mortes ocorreram no domingo anterior, dia 17 de dezembro.
Na data, Amanda foi até a casa do ex-sogro Leonardo para um café da manhã. Lá, estava também a mãe de Leonardo, Luzia Alves, e o marido dela. Ela levou doces e outros alimentos, que foram coletados pela Perícia para averiguação.
Apenas três horas após comerem os alimentos, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais e foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas acabaram não resistindo.
Durante interrogatório, Amanda negou que seria autora do crime e disse "amar a família". Ela pode ser indiciada por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, com qualificadora por ser envenenamento. Ela também pode responder por tentativa de homicídio do avô do ex-namorado e marido de Luzia, que não ingeriu os alimentos do café da manhã.