A entregadora de aplicativo Viviane Maria de Souza Teixeira denunciou ter sido agredida pela ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá duas vezes em 9 de abril, no Rio de Janeiro.
Viviane se apresentou à polícia nessa segunda-feira (24) para depor sobre o caso e ficou detida por cumprimento de um mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas.
Em depoimento sobre a agressão, a entregadora disse que foi violentada em dois momentos distintos do mesmo dia, conforme reportado pelo Extra.
O vídeo da primeira agressão viralizou nas redes sociais e mostra que Viviane teve a perna mordida pela ex-atleta após uma discussão, por volta de 17h. As imagens mostram que Sandra também agrediu o entregador Max Ângelo dos Santos, de 36 anos, com 'chicoteadas' utilizando a guia do cachorro dela.
Um outro vídeo, apresentado por Viviane nessa segunda, mostra que Sandra voltou ao local onde os entregadores ficam reunidos, por volta de 21h de 9 de abril. A entregadora narra ter levado um soco e ter a bicicleta que utilizada para trabalhar danificada pela agressora.
Prisão de Viviane
Viviane deu entrada no sistema penitenciário no início da noite de segunda-feira (24). Ela havia sido presa em 2016 com uma quantidade de trouxinhas de maconha e ficou em liberdade provisória. No entanto, após se ausentar da comarca, teve o benefício suspenso.
Na ocasião, a profissional defendeu ser inocente e disse que provará que a acusação é injusta. A advogada que representa Viviane, Prisciany Sousa, detalhou à reportagem que ela desconhecia a existência do mandado de prisão em aberto.
Ainda conforme a defesa, a ordem foi motivada pela falta do cumprimento de medidas cautelares, mas a entregadora nunca teve outro problema com o Judiciário. Ela ainda destacou que a cliente não se apresentou antes porque estava em tratamento psicológico. O laudo que comprova a afirmação já está nas mãos das autoridades, destacou a defesa.
Agressão a entregadores
As agressões no domingo de Páscoa repercutiram nas redes sociais. Nas imagens, Sandra diz para os homens "voltarem para a favela".
Sandra Mathias prestou depoimento na última segunda-feira (17), alegando que se sentiu ameaçada e foi vítima de homofobia pelos entregadores.
Max foi à delegacia prestar depoimento e se submeter a exames no Instituto Médico Legal (IML), onde foram constatados os hematomas provocados pela agressão. Posteriormente, ele negou as acusações e afirmou que Sandra quer "justificar o injustificável".
Ainda em depoimento à polícia, Sandra negou que teria sido racista e justificou o uso da coleira de seu cachorro para "se defender".