Ex-atleta investigada por agressão e injúria no RJ alega ter se sentido ameaçada
Sandra Mathias Correia de Sá deu a declaração em depoimento nesta segunda (17)
A ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, de 53 anos, afirmou, em depoimento concedido nesta segunda-feira (17), ter se sentido ameaçada pelos entregadores em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pouco antes de agredir um dos homens que estava no local. As imagens do momento foram gravadas e divulgadas nas redes sociais no último dia 10 de abril.
Segundo o portal g1, Sandra confirmou no depoimento, na 15ª DP, na Gávea, que a confusão começou ainda no dia 4 de abril, quando o entregador Max Angelo passou perto dela na calçada, ao lado do prédio onde mora. Após isso, já no dia 10, ela foi filmada atacando Max, dando chicotadas no homem com a coleira do cachorro com o qual caminhava.
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Nesta segunda (17), o depoimento da ex-atleta levou três horas para ser concluído. O inquérito investiga as agressões contra os entregores e ela responde por injúria e lesão corporal.
Na saída do local, o advogado responsável pela defesa de Sandra, Roberto Duarte Butter, alegou que a ex-atleta não poderia comentar o caso, que estaria sob sigilo. No entanto, ainda conformou o portal g1, a delegada Bianca Lima, titular da 15ª DP, negou a informação.
Pedido concedido
Agora, a Sandra Mathias deve realizar um exame de corpo de delito para avaliar possíveis marcas e lesões. O pedido foi feito pela defesa e acatado, nesta segunda-feira (17), pela delegada Bianca Lima.
Max Angelo foi ouvido na última quarta-feira, mas a defesa do homem espera que ele seja chamado nos próximos dias para conceder novas informações ao inquérito. Até então, uma testemunha do caso já foi ouvida e outras três foram intimadas.
Agressões
Além de Max Angelo, que é negro, a entregadora Viviane Maria de Souza também afirmou ter sido agredida por Sandra. "Ela me xingou de lixo, de favela, de um monte de coisa", disse a mulher.
Conforme as imagens gravadas, Max Angelo levou um soco na cabeça e foi chicoteado no meio da via. "Ela me tratou como se eu fosse um escravo", disse ele ao portal g1 sobre o momento em questão.