O nono mês do ano é marcado pela campanha Setembro Amarelo, ação nacional de prevenção ao suicídio. A iniciativa ocorre anualmente no Brasil desde 2015, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). A campanha visa conscientizar a população sobre a importância de discutir a saúde mental e oferecer apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade.
A origem da campanha, no entanto, é internacional. Ela foi iniciada em 1994 nos Estados Unidos, após o suicídio de Mike Emme, um jovem de 17 anos, que era conhecido por restaurar um Mustang 1968 amarelo, cor que se tornou símbolo da campanha.
No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda”, inspirando a criação do movimento “Yellow Ribbon” (Fita Amarela) nos EUA. Além disso, o dia 10 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em homenagem ao garoto, que morreu no dia 8 do mesmo mês.
A data foi criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e reforçado pela OMS em 2003.
Setembro Amarelo no Brasil
No Brasil, a campanha começou em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CMF).
A campanha ganhou força à medida que os números alarmantes de suicídios e tentativas de suicídio no país destacaram a necessidade urgente de ações preventivas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e o Brasil figura entre os países com maior número de casos. Conforme os dados, mais de 720 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, com 73% dos casos ocorrendo em países de média e baixa renda.
A importância do Setembro Amarelo reside na abordagem em torno do tema. Historicamente, falar sobre suicídio era evitado por medo de incitar o ato, mas estudos demonstram que a discussão aberta e responsável sobre o assunto pode salvar vidas. A campanha busca, portanto, estimular o diálogo, desmistificar preconceitos e promover o acesso a serviços de saúde mental, essenciais para a prevenção.
Ao longo do mês de setembro, diversas atividades e eventos são realizados, como palestras, rodas de conversa e campanhas nas redes sociais e nas instituições de ensino, com o intuito de disseminar informação e apoio. A participação de escolas, empresas e organizações da sociedade civil é fundamental para ampliar o alcance da campanha e assegurar que as mensagens cheguem a um público mais amplo.
O Setembro Amarelo também inspirou iniciativas semelhantes em outros países, contribuindo para um esforço global para enfrentar os desafios da saúde mental e prevenir o suicídio.