O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quarta-feira (8), que não haverá mais a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no formato digital, apenas no impresso. Por meio do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), a mudança já foi confirmada para este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O modelo on-line da prova foi criado em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para a descontinuidade do prova digital, o Inep alegou a baixa procura dos estudantes nos últimos anos pela avaliação feita pelo computador, além do alto custo.
“Resolvemos cancelar a edição digital e não há planos para que volte a ocorrer”, disse Manuel Palácios, presidente do Inep, à publicação.
Menos da metade dos estudantes realizou a prova digital em 2022
Palácios explica que, no ano passado, foram oferecidas 100 mil vagas para o Enem digital, 66 mil candidatos se inscreveram e só menos da metade, cerca de 30 mil, apareceram para fazer a prova neste modelo.
Segundo ele, o custo do Enem digital em 2022 foi de R$ 25,3 milhões, sendo o valor por estudante de cerca de R$ 860. Já o custo por aluno na prova impressa ficou em cerca de R$ 160. Esse alto custo também impede o Inep de expandir em escala a prova digital para que, futuramente, todos os estudantes pudessem fazê-la neste formato.
“O exame era exatamente o mesmo, não havia nenhuma vantagem para o estudante e cada vez menos gente se interessava por ele”, completa Palácios.
O Enem deste ano vai custar R$ 329 milhões e será realizado pelo Cebraspe.