Dois cearenses estão entre as mais de 50 vítimas do temporal que destruiu o Litoral Norte de São Paulo, no fim de semana de Carnaval. As mortes foram confirmadas pelas famílias após reconhecimento dos corpos, de acordo com o g1 Ceará. Neste sábado (25), a busca por outras vítimas chega ao 7º dia.
O primeiro cearense foi identificado como Edigildo Soares de Souza, 43 anos, natural de Icó. Ele morreu no último domingo (19), na Barra do Sahy, bairro de São Sebastião, mas o corpo só foi localizado na última sexta (24).
Ele estava numa casa junto a mais quatro pessoas. O padrasto dele, Elias Pereira de Almeida, 68 anos, também faleceu no local.
Já a mãe de Edigildo, Maria Expectação de Souza, que também é cearense, e um enteado menor de idade, foram resgatados com vida dos escombros.
O outro cearense a falecer foi Laeldo Saraiva Alcântara, 42 anos, de Mauriti, também no interior do Ceará. Ele morava em São Paulo há quase 15 anos e fazia bicos como eletricista.
Segundo Laneilde Saraiva, irmã de Laeldo, ele estava no trabalho quando começou a chuva, mas decidiu encontrar a mulher em casa e buscar putro abrigo. Porém, a onda de lama atingiu a casa antes que conseguissem sair.
A esposa foi arremessada para fora da casa, mas Laeldo ficou soterrado. O velório dele ocorreu na manhã deste sábado.
Buscas continuam
A última atualização da Defesa Civil de São Paulo, às 11h, informou que 57 vítimas já foram encontradas, sendo 56 em São Sebastião, cidade mais afetada pelo temporal, e uma em Ubatuba.
Embora a manhã tenha começado com tempo firme, a prefeitura de São Sebastião emitiu alerta para o risco de fortes chuvas entre este sábado e a próxima segunda-feira (27), com chances de novos desabamentos, deslizamentos e enchentes.
Na tarde de sexta-feira, as buscas chegaram a ser interrompidas por conta das chuvas, mas foram retomadas à noite. Durante a madrugada, nenhum corpo foi encontrado.
Além do trabalho de buscas, as equipes do Corpo de Bombeiros tentar convencer moradores de áreas de risco a deixarem suas residências enquanto a situação não for normalizada, para evitar novas tragédias.
Conforme o último boletim do Governo paulista, são 2.251 desalojados (que estão em casas de parentes ou amigos) e 1.815 desabrigados (que não têm para onde ir). Para esse segundo caso, São Sebastião já montou 19 abrigos.