O diretor da cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio de Janeiro, onde passaram para audiência de custódia o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Sem partido), e Monique Medeiros, pediu exoneração do cargo após denúncias de regalias ao casal. As informações são do O Globo.
Presos desde o último dia 8 por suspeita de envolvimento na morte de Borel Medeiros, de 4 anos, eles passaram algumas horas na unidade prisional até serem transferidos para no mesmo dia.
Jairinho foi para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, e Monique, para o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói. Conforme apuração do jornal, Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro informou que a exoneração a pedido em razão do gestor “discordar das denúncias de supostos privilégios".
A pasta afirmou que as imagens de câmeras de segurança da cadeia pública foram encaminhadas ao Ministério Público do estado.
MORTE DE HENRY
Henry Borel morreu na madrugada de 8 de março, no apartamento em que vivia com Monique e Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, ele era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. Monique tinha conhecimento da violência desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos.
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto ao hospital Barra D'Or na madrugada de 8 de março e já chegou à unidade sem vida.
O laudo hospitalar sobre o corpo concluiu que a criança apresentava as seguintes condições:
- múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
- infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça;
- edemas no encéfalo;
- grande quantidade de sangue no abdome;
- contusão no rim à direita;
- trauma com contusão pulmonar;
- laceração hepática (no fígado);
- e hemorragia retroperitoneal.
Prisão
O vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como Dr. Jairinho, e a mãe de Henry Borel, a professora Monique Medeiros, foram detidos no dia 8 de abril por policiais da 16ª DP, da Barra da Tijuca, após a juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da Capital, expedir mandados de prisão temporária por 30 dias.
Os investigadores afirmam que Henry foi assassinado com emprego de tortura e sem chance de defesa. O inquérito aponta que a criança chegou à casa da mãe por volta de 19h20 de 7 de março, um domingo, após passar o fim de semana com o pai.