O empresário Alan Barros foi preso temporariamente na operação Fast, da Polícia Federal, em Curitiba. O suspeito de fraude em criptomoedas havido sido notícia no início de fevereiro, por ser o cliente expulso de uma padaria em Barueri, em São Paulo. Na época, o dono do estabelecimento tentou agredir e chegou a ameaçar Alan de morte por usar um notebook, declarando que não era permitido o uso de equipamentos para trabalho no local.
Na terça-feira (27), a PF deflagrou a operação para desmobilizar uma associação criminosa suspeita de aplicar golpes com criptomoedas e NFTs (Tokens Não-Fungíveis). O grupo tinha sede em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. As informações são do g1.
A defesa dele, representada pelo advogado Leonardo Dechatnik, afirmou que o cliente não foi foco de processos dos investidores. "É importante salientar que o processo corre em segredo de justiça, o que nos impede de divulgar detalhes específicos sobre o caso neste momento. No entanto, é do interesse de nosso cliente que a verdade seja plenamente esclarecida", acrescentou.
"Refutamos categoricamente a alegação de que nosso cliente tenha subtraído a quantia de R$ 100.000.000,00 ou que tenha prejudicado entre 5 a 22 mil pessoas. Esses números, mencionados no relatório policial, são baseados em suposições da autoridade policial, sem comprovação efetiva. Até o momento, somente um número ínfimo dessas supostas vítimas efetuou denúncias formalmente, sendo a maior parte destas ex-colaboradores e concorrentes no setor empresarial".
Além disso, Leonardo criticou a prisão. "Ressaltamos que a decisão de decretar prisão preventiva parece desproporcional, considerando que o caso não envolve violência ou grave ameaça, e que existem medidas cautelares mais adequadas para assegurar o andamento do processo. Alan Deivid de Barros, réu primário, profissional dedicado, não representa risco à sociedade", detalhou.
Operação da Polícia Federal
Além de Alan, a Polícia Federal ainda prendeu outros suspeitos de integrar a organização criminosa. As vítimas de fraudes podem ser cerca de 20 mil no Brasil e no exterior, com um prejuízo total de quase R$ 100 milhões.
A operação investiga o grupo, identificando que eles partiam da premissa de ofertar uma criptomoeda desenvolvida por eles mesmos com potencial de ter grandes lucros nos mercados. O retorno do dinheiro viria por meio de parcerias com empresas. Porém, as pessoas não conseguiam negociar essas moedas, nem fazer movimentações com outros bancos.
O lançamento da criptomoeda do grupo foi feito em uma feira de criptoativos em Dubai, buscando novos clientes e garantir credibilidade ao falso produto.