Um ciclone extratropical, que atingiu o Brasil e provocou fortes tempestades e vendavais, causou estragos em cidades do Rio Grande do Sul na última quinta-feira (24). O fenômeno, formado entre o Uruguai e a Região da Fronteira, perdeu força de sexta-feira (25) para sábado (26).
De acordo com informações da CNN, as regiões do interior do continente não estão na rota do ciclone, que não tem previsão de avançar pela costa brasileira.
Apesar de não atingir diretamente o Brasil, a previsão é de que cidades do Sul e Sudeste registrem ventos fortes, entre 70 e 90 km/h. Especialistas ainda alertam para a possibilidade de rajadas fortes de vento, em torno de 100km/h, que podem vir ou não acompanhadas de precipitações.
Na região Sudeste, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais devem ser os mais atingidos. Já o Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, pode sentir efeitos no clima.
Com a tendência de o ciclone se deslocar para o mar, os efeitos se tornam mais fracos no Brasil.
Formação do ciclone
Segundo a Climatempo, todos os ciclones extratropicais, tropicais e subtropicais, os furacões e tufões estão associados a uma área de baixa pressão atmosférica. Furacões, tufões e ciclones tropicais, em geral, têm um centro de baixa pressão atmosférica com valor abaixo de 1000 hectopascais (hPa). Tecnicamente, esse já é um valor de pressão atmosférica muito baixo e e que deixa os meteorologistas em alerta.
As grandes nuvens cumulonimbus, que provocam chuva forte, raios, granizo e intensas rajadas de vento, que podem passar dos 100 km/h, são formadas a partir deste movimento de ar ascendente bastante intenso, além da disponibilidade de muita umidade e de calor.
Possibilidade de nova frente fria
A Climatempo divulgou alerta para delimitar que o fenômeno poderá formar uma nova frente fria. A possibilidade é de temporais com risco de granizo e ventos de até 100 km/h em áreas isoladas.
Segundo a previsão, o ciclone deve levar ventos de até 85 km/h, especialmente em toda a faixa leste do estado do RS. Nas regiões das Missões, Fronteira Oeste, Campanha e Sul a previsão é de que ventos podem chegar até 70 km/h.
Embora a formação do ciclone extratropical tenha ocorrido entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, a queda acentuada da pressão atmosférica envolvida neste processo abrangeu uma grande área desde o extremo sul do Brasil até São Paulo e parte de Mato Grosso do Sul, gerando as nuvens de tempestade que provocaram a ventania e a chuva intensa de quinta-feira (24).