O corpo de uma jovem de 19 anos foi identificado nesta quarta-feira (25) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como da última vítima da chacina de uma família no DF. A moça é Ana Beatriz Marques de Oliveira e, com ela, 10 pessoas do mesmo núcleo familiar foram assassinadas.
Até então, três suspeitos estão presos pelo crime e um quarto é procurado. Ao todo, 10 corpos foram encontrados pela polícia e sete foram identificados.
O cadáver foi encontrado na madrugada dessa terça-feira (24), em uma casa abandonada em Planaltina. Junto dela, outros dois corpos foram localizados, identificados como Thiago Gabriel Belchior, marido da cabeleireira Elizamar Silva, e de Cláudia Regina Marques Oliveira, mãe de Ana Beatriz e ex-esposa do pai de Thiago, Marcos Antônio Lopes, que também foi morto.
As informações foram confirmadas pelo delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá. A identificação teria sido feita por sequenciamento genético por conta das condições do cadáver.
Chacina
Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa e Fabrício Silva Canhedo já foram presos por suspeita de envolvimento nas mortes.
Gideon, inclusive, trabalhava com Marcos Antônio, uma das vítimas. Em depoimento, ele confessou participação no crime e disse que os assassinatos foram encomendados por Thiago Belchior e seu pai, Marcos Antônio.
O terceiro homem era responsável por manter as vítimas em cativeiro e o quarto suspeito, Carlomam dos Santos Nogueira, continua sendo procurado. Além disso, ainda na noite de terça (24), um jovem de 17 anos foi apreendido por suspeita de participação no crime, mas foi liberado já que não havia flagrante contra ele.
Chacina de família
O desaparecimento de membros da mesma família, reportado em 12 de janeiro, chocou o país. Três suspeitos foram presos na terça-feira: um homem de 34 anos, detido à noite, que seria responsável por vigiar o cativeiro, e outros dois, de 56 e 49 anos, capturados anteriormente.
Um dos detidos disse em depoimento que a série de assassinatos foi realizada a mando de Marcos Antônio e Thiago, com a intenção de roubar os familiares e fugir.
A Polícia descartou a versão dada pelo preso após encontrar o corpo de Marcos Antônio. Após a confirmação da identidade dele, a Polícia acredita que os demais desaparecidos também estão mortos.
O preso relatou que Renata Juliene Belchior e a filha dela, Gabriela Belchior, foram mantidas no cativeiro por cerca de cinco dias. Nesse período, conforme a publicação, elas foram ameaçadas com uma arma de fogo.
O delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana, disse que as vítimas foram coagidas a entregar as senhas de aplicativos bancários aos criminosos, que teriam realizado transferências em dinheiro da conta delas com destino a outras supostamente ligadas a eles. Além disso, elas ainda teriam sido obrigadas a enviar mensagens a familiares em que informavam estarem bem.
Conforme o portal g1, na casa de um dos presos suspeito de envolvimento no caso, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, a Polícia achou R$ 14 mil em espécie. Já na conta de outro — Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos —, os investigadores encontraram R$ 40 mil. A Polícia Civil suspeita que esse dinheiro seja das vítimas.