A mãe e irmão de Djidja Cardoso se tornaram réus por tráfico de substâncias entorpecentes após a Justiça Estadual do Amazonas aceitar na sexta-feira (26) a denúncia do Ministério Público. Outras oito pessoas também foram denunciadas. As informações são da Folha de S. Paulo.
Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, estão presos desde maio. Outros dois réus também estão presos.
Na mesma decisão, o juiz Celso Souza de Paula, da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes também negou o pedido de relaxamento da prisão dos quatro. O processo tramita em segredo de Justiça.
Entenda o caso
Djidja foi encontrada morta em casa, em Manaus, no dia 28 de maio. A suspeita é de que ela tenha sofrido uma overdose de cetamina durante um dos rituais propostos pelos parentes. A mãe e o irmão foram presos dois dias depois pelo crime.
Na casa da família Cardoso, a Polícia revelou que encontrou seringas, doses de cetamina, frascos vazios, medicamentos, documentos e computadores. Além disso, os investigadores disseram que o lugar tinha "cheiro de carne em estágio de putrefação".
A defesa da mãe e do irmão alega que mãe e filho são "extremamente dependentes químicos". Conforme a Polícia, os rituais da seita da família Cardoso prometiam "transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação" com o uso de cetamina. Participavam desses rituais funcionários dos salões de beleza de Djidja, Cleusimar e Ademar, além de amigos da família.
Três colaboradoras dos salões, inclusive, foram presas por suspeita de aliciamento de integrantes para o grupo.