Brasileiro morto nos EUA após elogiar cachorro ainda não teve corpo liberado, diz mãe

Jovem era da Zona Leste de São Paulo e morava havia 5 anos nos Estados Unidos

O corpo do brasileiro Matheus Gaidos, 27, morto a tiros após elogiar o cachorro de um homem na Califórnia, Estados Unidos, não passou por autópsia e, por conta disso, ainda não pode ser liberado para o translado. As informações são do g1

"Quando fiquei sabendo da morte do meu filho, eu comprei passagem no mesmo momento e fui para Oakland, onde foi o crime. Só que nem me deixaram ver o corpo, porque ele já tinha sido reconhecido e não precisavam que eu reconhecesse. Eu não o vi. Agora, eu só quero poder enterrar meu filho e que os responsáveis por essa crueldade sejam presos", afirmou ao g1 Isabel Martines, mãe de Matheus. 

Matheus morava nos Estados Unidos havia cinco anos e atualmente residia em São Francisco. Segundo a mãe, ele resolveu se mudar de São Paulo para conseguir uma melhor condição de vida.

"Sempre moramos na Zona Leste e ele queria poder ter uma condição de ganhar melhor. Então, ele foi primeiro para a Austrália. Depois, resolveu ir para os Estados Unidos. Trabalhou como motorista por aplicativo e havia cerca de um ano estava como entregador de flores. Todo ano eu o visitava, mas este ano eu não consegui. Mas ele estava programando vir para São Paulo em agosto. Não deu tempo", contou.

O crime

Isabel contou que o filho estava no meio de um serviço, jogando videogame com um amigo brasileiro, quando avistou um cão na rua e o elogiou dizendo: "bom cachorro". O tutor do animal não teria gostado do elogio e teria iniciado uma confusão — que foi ouvida parcialmente pelo amigo com quem Matheus jogava em tempo real.

"Matheus disse a ele [o amigo] no telefone: 'Levei um tiro'. Ele estava apenas fazendo sua última entrega antes de ir para casa. Ele não estava fazendo nada de errado", disse Isabel. 

Segundo a família, o brasileiro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Já o atirador e a mulher que o acompanhava foram detidos pela polícia norte-americana. "É difícil perdoar algo que aconteceu assim. Queremos justiça, só não queremos ver isso acontecendo com outra pessoa", disse o pai, Antônio Gaidos, à KTVU Fox 2.