As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas injustamente na Alemanha após terem as malas trocadas por uma bagagem com droga, voltaram a sofrer consequências do crime da qual foram vítimas. O casal foi impedido de embarcar para os Estados Unidos após ter o visto americano cancelado.
Segundo desabafo postado por elas no Instagram, o documento foi cancelado em razão da prisão.
"Em função da prisão injusta, mais uma vez fomos vítimas e os Estados Unidos cancelaram os nossos vistos. Estamos nos recuperando, retomando as nossas vidas, curando as cicatrizes e, mais uma vez, uma frustração. Até quando isso vai acontecer?", desabafou.
Segundo o portal g1, o embarque das brasileiras para Nova York seria na terça-feira (19), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No entanto, elas foram informadas pela companhia aérea de que os vistos foram cancelados.
Ainda na publicação, Kátyna e Jeanne afirma que a viagem foi planejada e organizada há mais de 6 meses e falam sobre a frustração em razão do problema gerado pela vulnerabilidade no aeroporto de Guarulhos.
"Fomos vítimas do golpe da mala em março de 2023 e até hoje sofremos as consequências emocionais e financeiras devido à falta de segurança no despacho de bagagens no Aeroporto de Guarulhos", disseram.
Em nota, o Aeroporto Internacional de Guarulhos informou que questões de embarques são de responsabilidade das companhias aéreas e não se manifestou sobre as acusações sobre a falta de segurança.
Consultado pelo g1, o Consulado dos Estados Unidos ainda não se posicionou sobre o caso.
Relembre o caso
Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram presas injustamente sob a acusação de levarem cocaína na bagagem, após terem as etiquetas das malas trocadas. Elas foram detidas em 5 de março de 2023 e ficaram 38 dias presas em Frankfurt.
As etiquetas das malas que as brasileiras despacharam foram colocadas em outras bagagens, que levavam 40 kg de cocaína. A Polícia Federal prendeu seis funcionários do Aeroporto de Guarulhos suspeitos de envolvimento no esquema criminoso.
O método de ação do grupo criminoso investigado consiste na retirada da etiqueta da bagagem despachada e colocação em outra, contendo as drogas ilícitas. Um homem, que realizava o transporte de bagagens, foi gravado trocando as identificações das bolsas das brasileiras e, depois, elas seguiram para Frankfurt, na Alemanha.