Dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, sendo o recorde de pior resultado para o mês desde 2010. Segundo a pesquisa, essa taxa mais que dobrou em comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período.
A partir de dados coletados entre 25 e 31 de agosto, o Inpe alerta para a persistência das queimadas em diversos biomas do país. Na Amazônia, a situação é considerada grave em 37 municípios, que tiveram mais de 100 focos em uma semana. A cidade de São Félix do Xingu (PA) registrou 1.443 focos, enquanto em Altamira (PA) foram identificados outros 1.102. Os muncípios lideram os focos de incêndio ativos no país.
O governo do Pará decretou, na última terça-feira (27), estado de emergência em decorrência dos focos de queimadas no estado. Com a medida, fica proibido o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas em todo o território estadual.
No último sábado (31), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combateu 36 queimadas no Pantanal. Um incêndio em Sinop, no Parque Florestal, foi extinto após dois dias de queimadas.
Segundo a Agência Brasil, os dados mostram que ao menos nove municípios localizados no Cerrado registraram mais de 100 focos de calor no período analisado.
Os incêndios ainda provocam uma piora na qualidade do ar, que foi classificada como “perigosa” em várias cidades dos estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Essa classificação alerta que a poluição do ar pode provocar problemas sérios de saúde a humanos e animais nessas regiões.