Taiwan detecta mais de 100 aviões militares da China perto da ilha
O governo chinês ainda não fez um pronunciamento sobre exercícios militares no Pacífico Ocidental
O Ministério da Defesa de Taiwan detectou mais de 100 aviões ao redor da ilha, entre o domingo (17) e esta manhã de segunda-feira (18). Conforme autoridades locais, este número de aeronaves representa um pico nos últimos tempos. As informações são do O Globo.
"Entre as manhãs de 17 e 18 de setembro, o Ministério da Defesa Nacional detectou um total de 103 aeronaves chinesas, o que é um máximo recente e representa sérios desafios à segurança do Estreito de Taiwan", disse o Ministério da Defesa, em comunicado divulgado nesta segunda.
"O assédio militar contínuo pode facilmente levar a um aumento repentino da tensão e piorar a segurança regional", continuou o texto, que ainda exigiu que Pequim "pare imediatamente esse tipo de ações unilaterais destrutivas".
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O Ministério deu detalhes da ação chinesa. Segundo o órgão, do total de aeronaves detectadas, 50 cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan que separa a ilha da China continental e entraram nas partes sudeste e sudoeste da sua zona de identificação de defesa aérea.
Além das aeronaves, o Ministério da Defesa identificou a presença de nove navios da Marinha chinesa. Em um momento recente, Taipei, capital de Taiwan, detectou 28 aviões de guerra chineses perto da ilha, dos quais 20 haviam cruzado a linha média do estreito.
Tensão diplomática
China e Taiwan vivem uma tensão diplomática há anos. Tudo pois Pequim, capital chinesa, considera a ilha autônoma de Taiwan como sua província.
Na semana passada, autoridades da ilha denunciaram um aumento no número de incursões de aviões e navios militares chineses, após o episódio da passagem de dois navios pertencentes aos Estados Unidos e à China pelo Estreito de Taiwan.
O Ministério da Defesa disse que 68 aeronaves e 10 navios foram detectados ao redor da ilha entre quarta e quinta-feira de manhã. Na última semana, o órgão detectou diversas atividades chinesas próximas ao seu território. Entre elas, a de um porta-avião “Shandong”.
O governo chinês ainda não fez um pronunciamento sobre exercícios militares no Pacífico Ocidental.
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