O governo da Malásia aprovou a retomada das buscas pelo avião do voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu misteriosamente há 10 anos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo ministro dos Transportes, Anthony Loke.
Em 8 de março de 2014, um Boeing 777 que decolou de Kuala Lumpur com destino a Pequim com 239 pessoas a bordo desapareceu de forma misteriosa. Apesar das operações de busca, consideradas as maiores da história da aviação, o avião não foi encontrado.
"A proposta de uma operação de busca por parte da 'Ocean Infinity' (empresa americana de exploração) é sólida e merece ser levada em consideração", declarou Loke à imprensa.
O ministro afirmou que, no dia 13 de dezembro, os ministros do governo malaio "concordaram, em princípio, em aceitar a proposta da Ocean Infinity", uma empresa com sedes nos Estados Unidos e no Reino Unido, para proceder a busca "em uma nova área de 15 mil quilômetros quadrados no sul do Oceano Índico".
O Ministério dos Transportes deve concluir os termos da proposta no início de 2025. A nova busca começará "assim que o contrato for finalizado e as partes o assinarem", disse Loke. "Fomos informados de que o momento ideal para as buscas nas águas designadas é entre janeiro e abril. Estamos trabalhando para finalizar o acordo o mais rápido possível", acrescentou.
Veja também
Como deve ser o trabalho de busca
A Ocean Infinity é uma empresa especializada em robótica marinha, cujos equipamentos ficam guardados principalmente no Texas e na Inglaterra.
O governo malaio não pagará nada à empresa se ela não encontrar o avião, segundo os termos do acordo de 18 meses, segundo o ministro Loke. Contudo, se a aeronave for encontrada, pagará US$ 70 milhões.
Kuala Lumpur já recorreu à empresa em 2018 para procurar o avião, mas sem obter resultados. "A nova área de busca proposta pela Ocean Infinity está baseada nas informações e análises de dados mais recentes realizadas por especialistas e investigadores", afirmou o ministro.
Avião desaparecido
Apesar da ampla operação de busca realizada por uma equipe australiana e depois pela Ocean Infinity, durante vários anos no sul do Oceano Índico, apenas alguns fragmentos da aeronave foram encontrados.
O desaparecimento do avião sempre foi objeto de várias teorias, em particular a de que teria sido um ato deliberado do piloto Zaharie Ahmad Shah, um profissional experiente que tinha 53 anos.
Relatório publicado pela Malásia em 2018 apontou falhas do controle de tráfego aéreo e indicou que a trajetória do avião foi modificada manualmente, mas não estabeleceu conclusão definitiva.
_Easy-Resize.com.jpg?f=4x3&h=216&w=288&$p$f$h$w=520625a)
