Um cientista australiano afirma ter encontrado a localização do avião desaparecido da Malaysia Airlines, que sumiu em 2014, com 239 pessoas a bordo. Descrevendo o lugar como o “esconderijo perfeito”, o pesquisador alega que o ponto teria sido escolhido pelo piloto da aeronave propositalmente, descartando a possibilidade de acidente por falta de combustível.
Em publicação compartilhada no LinkedIn, Vicent Lyne, cientista da Universidade da Tasmânia, declarou que, após mais de dois anos de estudos sobre o caso, chegou à conclusão de que o avião está em uma vala de 6 mil metros de profundidade, na extremidade leste da plataforma oceânica Broken Ridge, localizada no Oceano Índico.
Situado a sudoeste da Malásia, país de onde o voo MH370 partiu, o local é descrito pelo pesquisador como um “ambiente oceânico perigoso”, com ravinas profundas e tomado por sedimentos. Para o cientista, as condições proporcionariam um “esconderijo perfeito”.
“Essa localização precisa ser verificada com alta prioridade. Se será revistada ou não, cabe às autoridades e empresas de busca [decidirem]. No que diz respeito à ciência, sabemos porque as buscas anteriores falharam. Da mesma forma, a ciência aponta inequivocamente para onde o MH370 está”, afirmou Vicent.
MANOBRA PROPOSITAL
Analisando o suposto local de queda da aeronave e outros indícios encontrados pelas autoridades, o cientista levantou a hipótese de que o piloto, Zaharie Ahmad Shah, tenha “jogado o avião” no lugar propositalmente.
Para Vicent, danos causados nas asas, flaps e flaperons da aeronave, encontrados espalhados pelo oceano, reforçam a possibilidade.
“Este estudo [desenvolvido pelo cientista] muda a narrativa do desaparecimento do MH370 de uma história sem culpa, de um mergulho em alta velocidade [provocado] por falta de combustível no 7º arco, para um piloto genial quase executando um desaparecimento incrivelmente perfeito no Oceano Índico Meridional”, declarou o pesquisador.
DESAPARECIMENTO DO VOO MH370
Envolta de mistério, a história do voo MH370 começou em março de 2014, quando o avião partiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, rumo a Pequim, na China. A aeronave transportava 239 pessoas, sendo 227 passageiros e 12 tripulantes.
O voo desapareceu cerca de 40 minutos após a decolagem, enquanto o transpônder da aeronave estava desligado em meio a uma transferência entre controladores de tráfego aéreo da Malásia e do Vietnã.
O sumiço da aeronave desencadeou uma das maiores buscas marítimas da história. Durante as investigações, alguns destroços de aviões foram encontrados no Oceano Índico, próximos à costa sudeste da África, mas somente três pedaços de asas foram identificados como pertencentes à aeronave desaparecida.
Sem novas pistas, a procura foi encerrada em 2017. Desde então, o paradeiro do avião segue desconhecido. A história é contada na série documental "Voo 370: O Avião que Desapareceu" (Netflix, 2023).