Nesta sexta-feira (13), o Itamaraty confirmou a morte de mais uma brasileira vítima dos ataques do Hamas em Israel, iniciados no último sábado (7), em uma rave localizada a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Durante a semana, outras duas mortes já haviam sido confirmadas.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) vem monitorando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e Palestina por meio da Embaixada em Tel Aviv e do Escritório de Representação em Ramalá.
A Força Aérea Brasileira (FAB) também está trabalhando, resgatando brasileiros que estão em Israel. Nessa quinta-feira (12), uma aeronave com 214 passageiros, um cachorro e três gatos chegou à Base Aérea do Galeão e, nesta sexta, um terceiro voo desembarcou no País.
Conheça os brasileiros mortos no conflito
- Bruna Valeanu
Natural do Rio de Janeiro, Bruna tinha dupla nacionalidade, era brasileira-israelense. A jovem havia completado 24 anos há duas semanas, em 26 de setembro. Seu último contato com a família ocorreu no sábado por volta das 9h.
O funeral de Valeanu foi marcado por uma multidão com uma fila de mais de dois quilômetros. A comoção foi gerada após a família da brasileira ter pedido para cidadãos comparecerem à cerimônia fúnebre.
Na tradição judaica, os cultos públicos tradicionais requerem a presença de um quórum mínimo de dez homens com mais de 13 anos, o chamado minyan. No entanto, Bruna tinha apenas mãe e irmã vivendo com ela no país do Oriente Médio.
- Karla Stelzer Mendes
Brasileira-israelense, natural do Rio de Janeiro, Karal Stelzer, de 41 anos, foi encontrada morta nesta sexta-feira. Ela era a última brasileira identificada como desaparecida no país.
Durante o ataque, a brasileira enviou áudios para os amigos relatando os momentos de terror. Karla deixa um filho de 19 anos, membro do exército israelense.
- Renani Nidejelski Glazer
Residente de Israel há sete anos, Renani Glazer tinha 24 anos, e era brasileiro-israelense. Natural do Rio Grande do Sul, o jovem prestou serviço militar em Israel.
Antes da sua morte, Glazer havia publicado vídeos em suas redes sociais compartilhando a localização de onde estava. Pouco depois, o Grupo Hamas invadiu o local, com um tiroteio que causou correria e fuga das pessoas presentes no evento.
Glazer adorava compartilhar momentos de alegria em festas com seus seguidores, em uma de suas postagens no Instagram, publicou uma foto com a bandeira do Brasil no ombro, e escreveu: "Fácil me encontrar numa rave".