A jornalista Patrícia Lélis é procurada pelo FBI após ser acusada pela Justiça dos Estados Unidos de atuar como falsa advogada de imigração. A fraude teria gerado a ela um ganho de 700 mil dólares (cerca de R$ 3,4 milhões), de clientes que fez enquanto morava em Arlington, no Texas. Caso ela seja condenada, pode pegar até 20 anos de prisão.
A Justiça dos EUA ainda acusa a brasileira de falsificar formulários de imigração, forjar assinaturas e criar recibos falsos. Lélis "ajudava" pessoas a obter vistos tipo "E-2" e "EB-5", que podem proporcionar residência permanente.
Por meio do X, antigo Twitter, Patrícia Lélis confirmou que é "procurada", mas disse que já saiu do país norte-americano e o FBI "sabe exatamente onde estou como exilada política". Ela disse que passou por "perseguições e falsas acusações" por meses.
"Meu suposto crime: não aceitei que me fizessem de bode expiatório contra aqueles que considero como meus irmãos por (lado) cultural e principalmente por lado politico e sim, "roubei" todas as provas que puder para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo politico", comenta.
Falso investimento
Segundo a acusação, disponível na justiça norte-americana, em 22 de setembro de 2021, Patrícia enviou um contrato de retenção legal a uma vítima para ajudar os pais dela a obter vistos permanentes no país.
A vítima fez dois pagamentos de mais de 135 mil dólares, pois Lélis prometeu que esse dinheiro iria para um projeto de desenvolvimento imobiliário no estado do Texas. No visto EB-5, estrangeiros que investirem em fundos substanciais podem se qualificar para a residência permanente.
"Em vez disso, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lélis. Em vez de investir o dinheiro como prometido, Lelis Bolin utilizou-o alegadamente para pagar a entrada da sua casa em Arlington, renovar o banheiro e pagar outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito", diz texto.
A brasileira é acusada de atuar para encobrir esse esquema para obter mais dinheiro. Ela é acusada, por fim, de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade.