O papa Francisco canonizou o italiano José Allamano, religioso fundador da congregação dos Missionários da Consolata, por um suposto milagre na Amazônia. Esse foi um dos 14 santos proclamados neste domingo (29), durante a Missa na Praça de São Pedro.
O jesuíta argentino presidiu a cerimônia de canonização na Praça de São Pedro, na presença de milhares de fiéis de todo o mundo e de representantes oficiais dos países envolvidos.
A canonização - o estágio final no caminho para a “santidade” na Igreja Católica - exige três condições: estar morto há pelo menos cinco anos, ter levado uma vida cristã exemplar e ter realizado pelo menos dois milagres.
Durante a missa, o papa pediu proteção aos povos da Amazônia.
"Penso em particular no povo Yanomami, da floresta amazônica brasileira, entre cujos membros ocorreu o milagre ligado à canonização de hoje. Apelo às autoridades políticas e civis para que garantam a proteção destes povos e dos seus direitos fundamentais e contra qualquer forma de exploração da sua dignidade e dos seus territórios", disse.
Como foi o milagre na Amazônia
Novos santos proclamados
Entre os novos santos estão os 11 “mártires de Damasco”, mortos em julho de 1860 na capital síria durante o domínio otomano por um comando de drusos muçulmanos em um mosteiro em um bairro cristão.
De acordo com o Vatican News, a mídia oficial do Vaticano, “seu martírio faz parte de um contexto de perseguições organizadas por muçulmanos drusos no Líbano e na Síria, durante as quais milhares de cristãos perderam suas vidas”.
Esses mártires, oito deles franciscanos e três leigos do rito maronita - os irmãos Massabki - foram beatificados em 1926 pelo papa Pio XI.
Os outros canonizados são três fundadores de comunidades religiosas: o missionário italiano Giuseppe Allamano (1851-1926), a freira italiana Elena Guerra (1835-1914) e a canadense Marie-Léonie Paradis (1840-1912), fundadora de uma congregação dedicada à educação católica.
O papa Francisco anunciou em maio a canonização de Charles Acutis, um piedoso adolescente italiano e entusiasta da Internet cuja morte por leucemia fulminante em 2006 chocou o país.
A data dessa cerimônia ainda não foi definida, mas poderá ocorrer em 2025, o ano do “Jubileu” em Roma, onde são esperados mais de 30 milhões de peregrinos.