Diário do Nordeste

Novos ataques de Israel contra Gaza deixam pelo menos 66 mortos e 150 feridos, em meio às negociações de cessar-fogo

Conforme o Exército israelense, um bombardeio inicial teve como alvo três terroristas que operavam perto das tropas e tentavam implantar um dispositivo explosivo

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(Atualizado às 00:08)
Parentes se reúnem perto dos corpos de três homens palestinos que foram mortos em um ataque de drone israelense nesta segunda-feira (17)

O Exército de Israel bombardeou, nesta segunda-feira (17), vários combatentes palestinos que, segundo o corpo armado, tentavam implantar dispositivos explosivos na Faixa de Gaza. Segundo a agência de Defesa Civil da região, os ataques mataram pelo menos 66 pessoas e deixaram outras 150 feridas.

O porta-voz da Defesa Civil em Gaza, Mahmoud Bassal, informou que os mortos e feridos foram “resultado da agressão, de bombardeios aéreos e disparos de artilharia" israelenses em todo o território palestino.

Conforme o Exército israelense, um ataque inicial teve como alvo "três terroristas que operavam perto das tropas [do exército] e tentavam enterrar um dispositivo explosivo no solo, no centro da Faixa de Gaza", 

Outro bombardeio teve como alvo "vários terroristas" na região de Rafah, no sul do território palestino, devastado por uma guerra desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. 

CESSAR-FOGO

O Exército israelense bombardeia Gaza regularmente, apesar da entrada em vigor de uma trégua com o Hamas em 19 de janeiro. O acordo, mediado com a ajuda do Catar, Egito e Estados Unidos, entrou em vigor em 19 de janeiro, após quinze meses de uma guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.

No domingo (16), Israel anunciou que enviou negociadores ao Egito para conversar com os mediadores sobre a questão dos reféns que continuam cativos em Gaza, em um momento em que os desacordos com o Hamas ameaçam a frágil trégua no território.

"Representantes da equipe de negociadores estão atualmente reunidos no Egito com altos funcionários egípcios para discutir a questão dos reféns", afirmou um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Segundo uma fonte próxima às discussões, uma delegação do Hamas, liderada por Jalil Al Hayya, o principal negociador, partiu do Cairo em direção a Doha, onde fica o escritório político do movimento.

Na noite de sábado, Netanyahu "instruiu a equipe de negociadores a se preparar para a continuação das discussões", com o objetivo de obter a "libertação imediata de onze reféns vivos e da metade dos reféns mortos", afirmou seu gabinete.

As negociações se baseiam na proposta do enviado americano Steve Witkoff, que participou das negociações em Doha nos últimos dias.

Dos 251 sequestrados em 7 de outubro de 2023, ainda restam 58 em cativeiro em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo Exército israelense.

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