Paris. Com duas ganhadoras do Nobel em dois dias, as mulheres cientistas deram as boas-vindas ao "despertar" da comunidade de pesquisadores para os feitos de suas colegas, mas insistem em que continuam sendo mal remuneradas e subestimadas em comparação com os homens.
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Na terça-feira, a cientista canadense Donna Strickland se tornou a 1ª mulher na história a ganhar o Nobel de Física. Vinte e quatro horas depois, a bioquímica americana Frances Arnold foi contemplada com o prêmio de Química, tornando-se a 5ª mulher a receber a honraria. "Parece que o mundo está acordando para a engenhosidade das mulheres cientistas", destacou Jess Wade, professora de física na Imperial College de Londres.
Apesar do desempenho relativamente forte no Nobel deste ano - historicamente, apenas 19 dos mais de 600 cientistas contemplados eram mulheres-, outras cientistas enumeram algumas barreiras persistentes para elas no mundo da ciência.
"As coisas estão muito melhores do que décadas atrás, mas ainda temos um longo caminho a percorrer", observou Meg Urry, professora de física da Universidade de Yale.