O míssil que atingiu o território da Polônia, nessa terça-feira (15), causando a morte de duas pessoas parece ter sido disparado por forças ucranianas, e não russas, conforme avaliações preliminares.
A informação foi mencionada pela ministra da Defesa da Bélgica, Ludivine Dedonder. Segundo ela, a explosão foi provocada, a princípio, pela ação da defesa antiaérea da Ucrânia com a internação de interceptar bombardeios russos.
"De acordo com as informações disponíveis, os ataques foram o resultado dos sistemas de defesa antiaérea ucranianos, utilizados para contra-atacar os mísseis russos", detalhou a gestora, antes de destacar que o episódio é objeto de uma "profunda investigação".
Dedonder disse que "na atual etapa, segundo as informações disponíveis, seriam destroços de mísseis russos e mísseis antiaéreos ucranianos que atingiram o território polonês". Ela destacou que "não há nada que indique que foi um ataque deliberado contra um ou mais alvos poloneses".
Três autoridades norte-americanas confirmaram a possibilidade à agência Associated Press. Segundo elas, o artefato explosivo foi atirado em meio à barragem de explosões realizadas pela Rússia em uma infraestrutura de rede elétrica da Ucrânia. A vila de Przewodow, atingida no episódio, fica próxima à fronteira da Polônia com o país do leste europeu invadido por Moscou.
A ministra belga ainda frisou que estão em curso várias análises para determinar "tanto a origem dos disparos como os alvos que os mísseis deveriam atingir". A gestora também lamentou no comunicado que o episódio tenha provocado duas mortes e expressou condolências "às famílias das vítimas e ao povo polonês".
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, contestou a possibilidade de que o bombardeio na Polônia teria sido de autoria russa. "Não quero dizer isso até que investiguemos completamente. Mas é improvável, considerando a trajetória do míssil, que tenha sido disparado da Rússia. Mas veremos", disse o chefe de Estado a repórteres.
Reunião de emergência da Otan
Os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm uma reunião prevista para esta quarta-feira (16), ocasião em que devem discutir sobre o ataque na Polônia - um dos países membros do tratado militar. O encontro deve ser seguido por uma coletiva de imprensa com o secretário-geral, Jens Stoltenberg.
O Artigo 5 do acordo da instituição estipula que se um Estado-membro for alvo de um ataque armado, os parceiros considerarão o ato como um ataque armado dirigido ao grupo e tomarão as medidas que julgarem necessárias para ajudar o país atacado.
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