Maior serial killer da Colômbia morre aos 66 anos; conheça crimes do 'Monstro de Génova'

Luis Alfredo Garavito é apontado como reponsável pelo assassinato de pelo menos 170 crianças

O maior serial killer da história da Colômbia, identificado como Luis Garavito, morreu aos 66 anos, nessa quinta-feira (12), enquanto cumpria pena. Conhecido como "A Besta" ou "O Monstro de Génova" — em alusão ao nome da cidade natal dele — agrediu sexualmente, torturou e matou pelo menos 170 crianças, entre 1980 e 1999, quando foi detido pelas autoridades do País.

O Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec) detalhou que o óbito foi registrado em uma clínica, localizada na cidade de Valledupar, região Norte colombiana, e foi provocado por "múltiplas condições de saúde".

Ele foi diagnosticado com câncer no olho e leucemia. Nas últimas fotos conhecidas dele, aparecia debilitado e com uma ferida no olho esquerdo, conforme a agência de notícias internacionais AFP.

O assassino em série estava preso desde o fim da década de 1990, após ser condenado a cumprir 40 anos de detenção. Inicialmente, ele chegou a receber sentença de 800 anos pelos crimes, mas a pena máxima na Colômbia é de quatro décadas. 

Mais de 170 crianças torturadas e mortas

Luis Alfredo Garavito foi considerado culpado pelo abuso sexual, pela tortura e pela morte de pelo menos 170 menores de idade desde 1980 até a prisão dele, em 1999. A maioria das vítimas eram do gênero masculino.

Segundo crônicas jornalísticas e registros das autoridades, ele agia com extrema crueldade, visando enganar as crianças e depois matá-las em áreas isoladas. Algumas das vítimas, já sem vida, tiveram os órgãos genitais cortados e inseridos nas próprias bocas.

Na confissão, Garavito revelou que se passava por mendigo, monge ou vendedor para convencer as crianças a acompanhá-lo. Ele oferecia dinheiro e presentes.

Ele também relatou ter cometido crimes no Equador e na Venezuela. Em 2014, a justiça equatoriana chegou a solicitar a extradição dele, mas a Colômbia respondeu que ele deveria cumprir primeiro a pena no país. Na ausência de Garavito, as autoridades do Equador o condenaram à revelia a 22 anos de prisão. 

Quando as autoridades o capturaram, em 1999, em uma área rural de Villavicencio, região Sul da Colômbia, ele acabara de tentar sequestrar um menino. 

Da prisão, ele detalhava com cinismo o próprio histórico criminoso e afirmou ter se convertido ao cristianismo. "Já me perdoei (...) O que está feito, está feito. E eu, por que vou me martirizar?", declarou em 2004, ao canal RCN.