Luigi Mangione é indiciado por homicídio de CEO de seguradora de planos de saúde em NY

Indiciamento também inclui uma acusação de assassinato em segundo grau "como ato de terrorismo"

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(Atualizado às 07:13, em 18 de Dezembro de 2024)

Luigi Mangione foi indiciado formalmente, nesta terça-feira (17), pelo assassinato de Brian Thompson, CEO de uma provedora de planos de saúde em Nova York, no início deste mês. Conforme autoridades dos Estados Unidos, o indiciamento também inclui uma acusação de assassinato em segundo grau "como ato de terrorismo".

Luigi Mangione "responde a uma acusação de assassinato em primeiro grau e duas acusações de assassinato em segundo grau, incluída uma acusação de assassinato em segundo grau como ato de terrorismo", disse Alvin Bragg, promotor distrital de Manhattan.

Mangione continua preso na Pensilvânia enquanto luta contra os esforços para extraditá-lo para Nova York, onde deve responder pelo assassinato.

A ABC News havia informado, na última quinta-feira (12), que os promotores do escritório do procurador distrital de Manhattan tinham começado a apresentar provas a um grande júri sobre o homicídio. A confirmação da acusação pode fortalecer seus argumentos a favor da extradição.

POSSÍVEL MOTIVAÇÃO

A última atualização sobre o caso dava conta que uma lesão na coluna que "mudou sua vida" pode ter contribuído para que o suspeito cometesse o homicídio, informou a polícia na última quinta-feira (12).

Os detetives estão investigando o que pode ter motivado o engenheiro de dados, de 26 anos, formado pela Universidade da Pensilvânia e oriundo de uma família rica de Baltimore, a supostamente atirar em Thompson a sangue frio.

Especulações surgiram sobre a saúde de Mangione, depois que uma foto em uma de suas supostas contas de redes sociais mostrou uma radiografia de uma coluna vertebral com um implante médico.

"Parece que ele teve um acidente que o levou à emergência em julho de 2023, e foi uma lesão que mudou sua vida", disse o chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), Joseph Kenny, à NBC New York nesta quinta-feira.

"Ele postou radiografias de parafusos inseridos em sua coluna vertebral. Portanto, a lesão que sofreu mudou sua vida, alterou seu modo de viver, e isso pode tê-lo colocado nesse caminho", acrescentou Kenny.

Ele também mencionou que a polícia não encontrou "nenhum indício de que [Mangione] fosse cliente da UnitedHealthcare" e sugeriu que ele poderia ter atacado a empresa por ser a maior organização de saúde dos Estados Unidos.

PROVAS

A polícia informou que as impressões digitais de Mangione coincidem com as encontradas perto da cena do crime e que os cartuchos de munição combinam com a arma que ele portava quando foi preso.

A polícia declarou que, quando foi preso, Mangione tinha em sua posse um texto manuscrito de três páginas em que criticava o sistema de saúde americano, frequentemente questionado por priorizar o lucro em detrimento do bem-estar das pessoas.

Ele também tinha um caderno com anotações que detalhavam o planejamento do assassinato, segundo fontes policiais citadas pelo The New York Times.