Um líder militar do Hezbollah, Ibrahim Aqil, morreu em meio a um bombardeio israelense nos subúrbios de Beirute, capital do Líbano, nesta sexta-feira (20). Conforme o Ministério da Saúde do Líbano, 12 pessoas morreram e 66 pessoas ficaram feridas. A morte de Aqil foi confirmada pelas autoridades de Israel.
"Os aviões de combate da Força Aérea de Israel executaram um ataque seletivo na região de Beirute, eliminando Ibrahim Aqil, comandante da unidade Radwan", e outras "figuras de primeiro plano da rede operacional e da cadeia de comando" deste corpo de elite do Hezbollah, informou um porta-voz do Exército.
O líder era procurado pelos Estados Unidos por envolvimento em atentados "antiamericanos" na capital libanesa em 1983. Ele comandava a força Al Radwan, unidade de elite do Hezbollah.
O porta-voz do Exército, Daniel Hagari, detalhou que cerca de dez comandantes morreram, e que eles estavam reunidos "no subsolo, no coração de um bairro residencial".
Os Estados Unidos tinha oferecido uma recompensa de 7 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de reais) por informações sobre Aqil, considerado um "membro principal" da organização que assumiu a responsabilidade pelo ataque à embaixada americana em Beirute em 1983, que deixou 63 mortos.
Quem era Ibrahim Aqil?
Aqil era conhecido como um dos principais líderes do movimento islamista libanês. Ele utilizava diversos pseudônimos, como Hajj Abdel Qader.
Segundo fontes próximas ao Hezbollah, Ibrahim Aqil era o segundo na hierarquia militar da formação. O primeiro, Fuad Shukr, morreu em um bombardeio no subúrbio sul de Beirute, reduto do movimento xiita, no dia 30 de julho.
O grupo libanês abriu uma frente no sul do Líbano, há quase um ano, como forma de apoio aos palestinos na guerra de Israel contra Gaza.