Irã: ao menos 19 crianças e adolescentes foram mortos em protestos, diz ONG

Além das mortes, há relatos de que crianças foram presas em escolas pelas forças de segurança iranianas

De acordo com a ONG Iran Human Rights, ao menos 19 crianças e adolescentes foram assassinados em protestos no Irã, que ocorrem desde setembro. Até sábado (8), diz a entidade, 185 pessoas foram vitimadas durante os atos contra a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos.

Ela, curda iraniana, teria sido espancada até a morte durante prisão pelo "uso inadequado" do hijab, o véu islâmico. As autoridades do País negam essa versão e dizem que Amini faleceu de doença, e não de espancamento. 

A ONG pede que a comunidade internacional puna os responsáveis pelas mortes por crimes contra a humanidade. Por parte do Irã, rejeita-se a atenção de outros países, os quais acusa de fomentar os protestos internos. 

Além das mortes, há relatos de que crianças foram presas em escolas pelas forças de segurança iranianas, segundo o jornal britânico The Guardian.

Protestos

Os protestos que se iniciaram em 16 de setembro seguiram em outubro. No último sábado, várias cidades do país, incluindo a capital Teerã, registraram atos contra a morte da jovem e o atual regime. Mobilizações do tipo também aconteceram em outros países. 

Vídeo mostra manifestantes na capital iraniana gritando "morte ao ditador", enquanto em outras localidades, gritos de “mulher, vida, liberdade” em Saqez, cidade natal de Mahsa Amini, são testemunhados.

Manifestantes também fizeram uso de coquetéis molotov em mesquitas, centros de Bassidji, milícias paramilitares e escritórios de imãs, de acordo com a Agência France Presse.