A empresa Johnson & Johnson fechou as portas de sua única fábrica que produzia lotes utilizáveis do imunizante contra Covid-19 no final do ano passado. O jornal New York Times (NYT) detalhou que a confecção da vacina Janssen foi suspensa de modo discreto.
De acordo com o jornal O Globo, citando relatório do NYT, a paralisação é temporária, mas foi motivada por questões econômicas. Isso porque há uma expectativa da fábrica na cidade holandesa de Leiden voltar a produzir a vacina depois de alguns meses.
Na cidade europeia, está sendo confeccionada uma vacina experimental, que tem potencial para ser mais lucrativa à empresa. Além disso, também irá proteger contra outro vírus.
Porém, com a fábrica de Leiden temporariamente indisponível, a empresa poderia sofrer redução de centenas de milhões de doses no fornecimento da vacina da J&J, apontou o relatório do NYT.
Apesar de outras instalações terem sido contratadas para fabricar a vacina, ainda não estão funcionando ou não receberam aprovação regulatória para a produção do imunizante.
IMPACTOS DA SUSPENSÃO
O NYT detalhou que não ficou claro se a pausa já teve impacto nos suprimentos de vacinas, por conta dos estoques disponíveis. A empresa não se posicionou sobre o caso.
O imunizante do grupo Johnson & Johnson só requer a aplicação de apenas uma dose. O imunobiológico tem eficácia de 85% na prevenção de casos graves e oferece proteção completa contra hospitalização e morte pela doença.
VENDA DE VACINA
Em janeiro de 2022, a Johnson & Johnson registrou cerca de 3,5 bilhões de dólares em vendas de sua vacina contra a Covid-19. O número representa um salto de 46%, tendo tido um mau desempenho, em comparação com seus concorrentes.
Já no ano passado, a empresa contabilizou aproximadamente 2,39 bilhões de dólares em vendas do imunizante contra o novo coronavírus, ficando abaixo de sua própria meta de 2,5 bilhões de dólares.
Por isso, 2021 foi um período marcado por dificuldade na fabricação, preocupações com a segurança e uma demanda desigual por uma vacina, que já foi apontada como uma ferramenta promissora para imunizar populações em áreas de difícil alcance, detalha O Globo.