O Brasil entrou no rol de afetados por decisão da agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) sobre o modelo Boeing 737 Max 9. As atividades com esse tipo de avião foram suspensas para “revisão técnica necessária”, informou a Copa Airlines, companhia que opera o modelo em voos internacionais que partem daqui, por meio de nota.
A medida acontece após, em pleno voo, uma porta ter sido ejetada de um avião Boeing operado pela Alaska Airlines nos EUA, na última sexta-feira (5). A aeronave perdeu parte de sua fuselagem (estrutura que abriga a cabine de passageiros) ainda durante o voo, e o piloto precisou fazer um pouso de emergência.
No Brasil, a medida afeta 21 aeronaves. A expectativa é que a suspensão dure 24 horas. As inspeções necessárias já começaram.
A Copa Airlines também informa que está "trabalhando para minimizar o impacto para seus passageiros, embora alguns atrasos e cancelamentos sejam esperados".
Esta não é a primeira vez que modelos da Boeing apresentam sérios problemas. Em 2019, por exemplo, toda a frota precisou ser temporariamente retirada de serviço, após dois acidentes fatais.
De forma geral, a decisão da FAA afeta cerca de 170 aviões.
Incidente com a Boeing
O voo com problemas levava 171 passageiros e seis membros da tripulação, e seguia de Portland para Ontario, no estado da Califórnia, também nos EUA.
A Associação dos Comissários de Bordo da Alaska Airlines disse que a descompressão foi “explosiva”, e que um comissário de bordo sofreu ferimentos leves.
Passageiros relataram que comandos foram dados pelo sistema de alto-falantes, mas nenhum deles foi audível porque o vento fazia muito barulho.
Já a Boeing diz que está averiguando o que aconteceu e que uma equipe técnica está à disposição da investigação.