Ataque de Israel ao Irã: veja quem tem o arsenal mais poderoso

Israel e Irã dispõem de veículos de artilharia, lançadores de mísseis, navios e jatos que aumentaram o alcance dos ataques

O Irã afirmou neste sábado (26) que tem o "dever de se defender" após os bombardeios israelenses efetuados durante a madrugada contra instalações militares. Pelo menos 10 policiais morreram no sudeste do país em um "ataque terrorista" no Sistão-Baluchistão, região que faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, informou a imprensa local.

Os bombardeios acontecem em um contexto de extrema tensão na região. Israel trava uma guerra contra o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Guerra e contra o grupo islamista Hezbollah no Líbano. Os dois grupos são apoiados pelo Irã, arqui-inimigo de Israel, e integram o chamado "eixo da resistência".

Arsenal de Israel x Irã

Segundo levantamento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), Israel e Irã dispõem de veículos de artilharia, lançadores de mísseis, navios e jatos que aumentaram o alcance dos ataques.

Israel teve um orçamento militar anual de US$ 19,4 bilhões (R$ 102,5 bilhões) em 2022, possui efetivo de 169,5 mil militares na ativa e 465 mil reservistas.

Já o Irã tem 350 mil reservistas e, além dos jatos, o produz drones de alta tecnologia. O país é considerado uma potência militar no Oriente Médio: tem o segundo maior efetivo militar da região, com 610 mil militares na ativa, orçamento militar anual de US$ 44 bilhões (R$ 232,6 bilhões) em 2022, mísseis poderosos – como o Sejil e o Kheibar – e 13 vezes mais veículos de artilharia e lançadores de mísseis que Israel, segundo o IISS.

Veja abaixo detalhes dos caças dos dois países:

Israel

São 340 caças dos seguintes modelos e versões:

  • 196 F-16 (modelos C, D e I);
  • 75 F-15 (modelos A, B, C, D e I);
  • 39 F-35 (modelo I Adir).

Irã

São 273 caças, dos seguintes modelos e versões:

  • 69 F-5;
  • 55 F-4;
  • 35 Mig-29;
  • 29 SU-24;
  • 18 F-7;
  • 12 Mirage F-1;
  • 10 F-14;
  • 8 SU-22 (da Guarda Revolucionária iraniana);
  • Ao menos 6 RF-4E;
  • Até 6 HESA Azarakhsh;
  • 6 HESA Saegheh;
  • 3 P-3F.

Ataques

O Exército israelense afirmou que os bombardeios foram uma resposta a meses de ataques contínuos da República Islâmica.

"O regime iraniano e seus aliados não cessaram os ataques contra Israel desde 7 de outubro de 2023", destacou, em referência ao ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.

A resposta de Israel ao ataque do Irã, que lançou quase 200 projéteis contra o território israelense no início do mês, era esperada há várias semanas.

Teerã apresentou os disparos de 1º de outubro como uma resposta aos bombardeios israelenses contra o Líbano que, no final de setembro, causaram as mortes de um general iraniano e do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

O Irã também justificou a operação como uma represália ao assassinato no território do país do então líder do Hamas, Ismail Haniyeh, uma ação atribuída a Israel.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, alertou neste sábado que se Teerã iniciar uma "nova rodada de escalada", o país será "obrigado a responder" e fará o Irã pagar um "preço elevado".