Pelo menos 51 pessoas morreram e 271 ficaram feridas em um bombardeio russo contra a cidade de Poltava, no centro da Ucrânia, nesta terça-feira (3). O ataque destruiu parcialmente um instituto militar.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu que o que chamou de "escória russa" prestará contas pelo ataque, enquanto as equipes de socorro continuavam trabalhando na remoção dos escombros.
"Segundo a informação disponível, este ataque russo matou 51 pessoas", disse Zelensky em um discurso.
O número de feridos é de 271. Sabemos que tem gente sob os escombros do prédio destruído. Está sendo feito tudo para salvar tantas vidas quanto possível
Conforme o governador regional, Filip Pronin, "até 18 pessoas podem estar sob os escombros".
Escola e hospital atingidos
Zelensky alegou que dois mísseis balísticos atingiram "um centro de ensino e um hospital próximo".
"Um dos edifícios do instituto de comunicações ficou parcialmente destruído. Várias pessoas estavam sob os escombros", declarou o presidente no Telegram.
Conforme o Ministério da Defesa ucraniano, os mísseis chegaram pouco tempo após o alerta. "Pegaram as pessoas de surpresa enquanto se dirigiam para o abrigo subterrâneo", explicou.
"Graças ao trabalho coordenado dos socorristas e médicos, 25 pessoas foram resgatadas, das quais 11 foram retiradas dos escombros. Os socorristas continuam seu trabalho", acrescentou o ministério.
Ponto de ataque
O ataque ocorreu em Poltava, uma cidade situada a cerca de 300 km a leste de Kiev e que tinha cerca de 300 mil habitantes antes da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Um jornalista da AFP viu várias ambulâncias se dirigindo ao local do ataque pouco depois do bombardeio. Os meios de comunicação locais fizeram apelos à população para que doasse sangue.
Imagens publicadas nas redes sociais mostraram um edifício de vários andares destruído e as equipes de resgate trabalhando entre os escombros.