Recentemente condenado à pena de morte, o criminoso Wade Wilson, conhecido como "Florida Killer", deve retornar ao tribunal no próximo mês para apelar contra a sentença. O homem de 30 anos seria responsável pela morte de duas mulheres no estado norte-americano da Flórida, em 2019.
Documentos judiciais indicam que o pedido de apelação do condenado, representado pelo advogado Michael Ufferman, foi protocolado no último dia 15. Uma audiência de conferência de status — espécie de reunião entre a defesa do réu, a acusação e um juiz, que ocorre antes de um julgamento — está prevista para acontecer em 16 de outubro, no Tribunal do Condado de Lee, mesmo local onde ele foi condenado à pena de morte, em 27 de agosto. As informações são do portal Newsweek.
Dias após a sentença, Wilson foi transferido da Cadeia do Condado de Lee, em Fort Myers, para a Instituição Correcional da União, em Raiford, na última sexta-feira (20), onde agora aguarda a execução.
Na mais nova imagem do criminoso, que tem o rosto coberto por tatuagens, ele aparece com a cabeça completamente raspada.
Cartas de amor e contra morte de Wilson
Um juiz da Flórida recebeu cerca de 4 mil mensagens, entre cartas e e-mails, com pedidos de mulheres para poupar a vida do criminoso, que está preso há cinco anos, conforme o jornal britânico Independent.
Nos documentos, as autoras justificavam as ações dele ao histórico de problemas de saúde mental, abuso de substâncias e suposta falta de apoio dos pais.
Wilson também chegou a receber cartas de amor, conforme informou o Gabinete do Xerife do Condado de Lee. Além dos textos, ele recebeu 754 fotos. O escritório do xerife disse que rejeitou 163 imagens pela "natureza inadequada".
Marion Worth, que enviou uma das cartas, declarou que a vida de Wilson fosse poupada pela lembrança do filho dela, assassinado em agosto de 2023. "Mesmo em um caso tão grave, defendo a prisão perpétua em vez da pena de morte como a resolução mais justa e humana".
Vítimas foram estranguladas
Popularmente chamado de "Florida Killer", Wade matou Kristine Melton, de 35 anos, e Diane Ruiz, de 43, com poucas horas de diferença. Ele conheceu Melton em um bar de música ao vivo, em 6 de outubro de 2019, antes de estrangulá-la até a morte na casa dela em Cape Coral.
No dia seguinte, Ruiz foi dada como desaparecida. Ela estava caminhando para o bar onde trabalhava quando Wilson se aproximou dela, em um carro que ele havia roubado da casa de Melton, e pediu informações.
Ruiz entrou no carro, Wilson a estrangulou e "a atropelou até que ela parecesse espaguete", ouviu o tribunal do procurador assistente do Estado, Andreas Gardine. E, um detalhe, é que as mulheres não se conheciam.