Usar máscara cirúrgica abaixo da de tecido reduz transmissão de Covid-19 em 95%, aponta estudo

Maior ajuste da máscara ao rosto reduz entrada e saída de partículas respiratórias. Análise é de órgão regulador dos Estados Unidos, o CDC

Usar uma máscara cirúrgica e uma máscara de tecido simultaneamente pode reduzir o risco de transmissão da Covid-19 em até 95%, conforme estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão regulador do sistema de saúde dos Estados Unidos.

O estudo simulou a transmissão de aerossóis e partículas respiratórias entre duas pessoas, uma infectada e outra não.

Foram testadas três formas de utilizar o equipamento cirúrgico. Na primeira, foi testado usar uma máscara cirúrgica sem nó ou uma máscara de tecido, o que bloqueou 42% das partículas. A segunda avaliou a máscara cirúrgica com um nó nas alças laterais, que reduziu o espalhamento de aerossóis em 83%.

Na outra, foi usado a máscara de pano acima da máscara cirúrgica, que bloqueou a entrada de partículas em respiratórias 92,3%. O uso das duas máscaras pela fonte e pelo receptor reduziu a transmissão em 95%. A combinação garante que um maior ajuste da máscara ao rosto e vedação do ar que circula.

As máscaras cirúrgicas são Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Um estudo publicado na Revista Science apontou que a máscara N95 (utilizadas por profissionais de saúde ) é a padrão para impedir a transmissão, seguida da máscara cirúrgica de 3 camadas.

O Diário do Nordeste entrevistou especialistas sobre a proteção contra as variantes do coronavírus, que ressaltaram a necessidade de usar a máscara do jeito correto e evitar o contato das mãos com o rosto. 

O uso de máscaras é uma das principais medidas de prevenção à trasmissão do coronavírus, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).