Robô Rover Curiosity encontra em Marte rocha comparada a 'gato pilotando jetski', Pokémon e Godzilla

Rocha encontrada pela sonda espacial tem 16,5 centímetros de altura

O robô Rover Curiosity, que explora o planeta Marte desde 2012, encontrou, no último dia 28 de julho, uma formação rochosa bastante curiosa: a rocha parece um lagarto ou, para os mais criativos, um gato pilotando um jet ski. As informações são do portal UOL.

A rocha, um minúsculo arco texturizado, tem somente 16,5 centímetros (cm) de altura, mas espantou cientistas e usuários da internet. "Ainda estou deslumbrada com as texturas que estamos vendo, especialmente a prevalência de saliências e protuberâncias do tamanho de um centímetro saindo da rocha", escreveu a geóloga planetária Abigail Fraeman, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Já o engenheiro da Nasa Kevin Gill publicou a imagem no Twitter provocando pesquisadores: "Vou deixar isso para que os cientistas expliquem que diabos está acontecendo aqui...", brincou em tuíte datado de 28 de julho.

Nas respostas à postagem, vários usuários da rede social reagiram com comentários imaginativos: houve quem dissesse que a rocha parecia um dragão, um filhote de urso, um esqueleto fossilizado de um alien ou os personagens fictícios Onyx, de Pokémon, e Godzilla.

Nesta quinta-feira (5), o engenheiro publicou outro registro da rocha feito pela sonda, desta vez mais distante que o anterior.

O arco está na base do Monte Sharp, um pico que se eleva a 5,5 quilômetros a partir da base da cratera Gale. Conforme Abigail, a sonda explora tipos de geologia na transição entre camadas pesadas de argila e camadas carregadas de sulfato nas rochas da montanha.

Como os sulfatos podem ser deixados para trás por água corrente, explorar as camadas com o material pode ajudar a revelar mais sobre a umidez ao longo da história de Marte.

Sonda está em marte há nove anos

Inicialmente projetada para uma missão de dois anos no planeta vermelho, a sonda tem o tamanho de uma SUV e percorre a cratera Gale faz nove anos, tirando fotos que ajudam em descobertas científicas. Em nove anos, segundo o G1, o robô percorreu 26,3 quilômetros (km), escalou mais de 460 metros e coletou 32 amostras de rochas perfuradas, de acordo com a Nasa.

Ainda segundo a publicação, a primeira imagem feita pelo Curiosity chegou 15 meses após a aterrissagem no planeta. Para serem recebidos, imagens e outros dados enviados dependem do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), um satélite da Nasa que sobrevoa a órbita do planeta.

Cientistas que analisaram dados enviados pelo robô descobriram que os tipos de argila que revestem a cratera são menos estáveis. Contudo, as salmouras que acarretaram o apagamento de evidências também podem ter sustentado uma nova vida em camadas sob a superfície do planeta — a possibilidade de encontrar fósseis marcianos, caso eles existam, anima pesquisadores.

No momento, a sonda está subindo o Monte Sharp, parando para fazer fotos e analisar a composição das rochas com o ChemCam. O instrumento usa lasers para vaporizar pequenos pedaços de rocha e, logo após, medir produtos químicos e minerais nas amostras.