Os moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (6). Exibindo cartazes com frases contra a Braskem, o grupo bloqueou uma das faixas da Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da capital de Alagoas.
Conforme o g1, a manifestação iniciou às 7h30 e seguiu até as 12h, contando com uma caminhada até o Palácio dos Martírios. Nas faixas exibidas, ainda havia críticas à exploração de sal-gema e à desocupação das áreas com risco de afundamento.
Os moradores da área dos Flexais também participaram com os atingidos pelo problema, reivindicando a inclusão no mapa de risco para receberem indenizações.
Dentre os bairros impactados pela exploração de minas, estão: Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
HISTÓRICO
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento dos bairros. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).