Uma guia de turismo foi preso em Maragogi, Alagoas, por importunação sexual, sete anos após ter sido filmado se masturbando durante um mergulho com uma turista em piscinas naturais. O caso estava em trâmite na Justiça alagoana, e teve o desfecho nesta quinta-feira (22), quando um mandado de prisão preventiva foi cumprido.
O homem responderá por ato libidinoso e gesto obsceno. Ele praticou o crime contra uma mulher, comissária de voo, que estava de férias em Maragogi. A ação foi filmada por uma amigo da vítima, e mostra o homem com a bermuda abaixada pela metade realizando atos obscenos.
A mulher, que teve a identidade preservada, só percebeu a violência depois, após o amigo passar as imagens ao computador. Ela, que é carioca, contou ao g1 que passava alguns dias em um hotel de Maragogi. Ela e o amigo se interessaram pelo mergulho e foram ao passeio. O amigo desceu com uma GoPro, que é uma câmera a prova d'água.
"Ele desceu com uma câmera GoPro e estava filmando o mergulho. Quando nos separamos, ele virou a câmera rapidamente pra mim, pra registrar meu mergulho e guardar como lembrança. Foi nesse momento que ele percebeu um movimento estranho. Mas como estávamos muito preocupados com cilindro, máscara e em respirar direito, não nos demos conta do que realmente estava acontecendo", contou, em entrevista.
'Perdeu o foco do mergulho', diz vítima
Segundo a vítima, "[o guia] foi me levando para perto do coral, parecia até que a gente iria bater nas pedras e acredito que ele estava tão concentrado no que estava fazendo que perdia o foco do mergulho".
Fora o processo criminal, ainda houve o da área cível contra o hotel, no qual a mulher ganhou na Justiça danos morais. A defesa da vítima argumentou que o estabelecimento tinha vínculo com o guia, e precsava ser responsabilizado.
Para a delegada Luci Mônica, titular da a Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR), "é importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer movimento que considere suspeito e denunciem para que não aconteça com outras vítimas. Nós estamos atentos a casos como esse".