Este domingo (8) marcou o Dia Internacional da Talassemia no Brasil. A doença é um tipo de anemia hereditária caracterizada pela redução ou ausência de hemoglobina.
A data foi estabelecida para reforçar a divulgação de informações sobre a doença, o diagnóstico precoce e para a conscientização da população. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral, desde o diagnóstico, monitoramento e o transplante de medula óssea quando indicado.
Segundo dados da pasta, até abril deste ano, foram registrados 930 pacientes com a doença no Brasil. Entre os pacientes, quase 36% tem entre 20 e 39 anos. Ao todo, foram mapeados 137 Serviços de Atenção Especializada em Talassemias em todo o Brasil.
O que é e quais os sintomas
As talassemias são um grupo de doenças hereditárias crônicas que se caracterizam pela redução ou ausência de hemoglobina — substância dos glóbulos vermelhos do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para o corpo.
Pessoas com a doença têm sintomas como:
- anemia persistente,
- aparência pálida,
- aumento do baço,
- distúrbios cardíacos e endócrinos,
- atraso no crescimento e na maturação sexual,
- infecções recorrentes.
Tratamento da doença
O tratamento e o acompanhamento desses pacientes, de forma geral, são realizados pela Rede Nacional de Hematologia e Hemoterapia (Hemorrede), integrada pelos hemocentros coordenadores estaduais e suas respectivas hemorredes regionais — como o Hemoce, no Ceará.
Nos locais em que o tratamento não é oferecido na hemorrede, os estados instituem outros serviços de referência para o tratamento especializado, necessário para evitar complicações da doença, que em casos mais graves pode implicar, inclusive, em transplantes de medula óssea.
O diagnóstico precoce da doença é fundamental. Pacientes com o tipo de talassemia com anemia grave precisam de transfusões de sangue regularmente (geralmente a cada 20 dias, em média), por toda a vida, desde o nascimento.