A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (10), que já foram registrados 348 casos prováveis de uma misteriosa hepatite, que afeta especialmente as crianças, e que foram aceleradas as análises sobre o seu possível vínculo com o adenovírus e a infecção por Covid-19.
Segundo a OMS, foram notificados casos em 20 países, com 70 casos adicionais de outros 13 países que estão pendentes de classificação, à espera da conclusão dos testes.
Na última terça-feira (3), eram cerca de 230 casos suspeitos, segundo a OMS.
Apenas seis países informam mais de cinco casos, entre eles o Reino Unido, que registrou mais de 160.
"Na última semana ocorreram alguns avanços importantes com as pesquisas adicionais e alguns refinamentos das hipóteses de trabalho", disse, em coletiva de imprensa, Philippa Easterbrook, do programa mundial da OMS sobre a hepatite.
"Atualmente, as principais hipóteses são as que envolvem o adenovírus, e também continua sendo importante o papel da Covid", acrescentou.
Situação do Brasil
Pelo menos 16 casos suspeitos da doença são investigados no Brasil pelas secretarias de Saúde, sendo seis deles no Rio de Janeiro, sete em São Paulo, dois no Paraná e um em Santa Catarina.
No entanto, o número de casos em apuração é uma informação ainda divergente, já que o Ministério da Saúde informou que no País há apenas nove investigações sobre a doença, entre eles uma no Espírito Santo. As informações são da CNN.
Casos reportados
A OMS foi informada pela primeira vez em 5 de abril, com 10 casos na Escócia detectados em crianças de até 10 anos.
Os Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) disseram na sexta-feira (6) que estavam investigando 109 casos, dos quais foram notificadas cinco mortes.
Já na Indonésia foram registradas três mortes de crianças por causa da doença.
Hepatite misteriosa
Esta hepatite tem como sintomas icterícia, diarreia, vômitos e dores abdominais. Alguns casos também provocaram insuficiência hepática e necessitaram de transplante.
A OMS qualifica o surto de inflamação hepática grave como hepatite aguda de origem desconhecida entre crianças pequenas.
Os vírus comuns da hepatite não foram encontrados em nenhum dos casos, segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC) e a OMS.