A imunização contra a Covid-19 com a vacina bivalente da Pfizer foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (26). O processo deve ter início em 27 de fevereiro pelos grupos prioritários.
A bivalente é uma atualização dos primeiros imunizantes fabricados contra a doença e protege tanto contra a cepa original do coronavírus como contra as subvariantes da Ômicron.
O imunizante, usado em países como Estados Unidos, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em pessoas acima de 12 anos.
O que é a vacina bivalente?
A vacina bivalente usa a forma do coronavírus Ômicron original e uma subvariante na sua composição. No caso dos imunizantes que serão recebidos no Brasil, uma fórmula é feita com a subvariante BA.1 e a outra com a combinação BA.4/BA.5.
Isso é importante porque as vacinas disponíveis até o momento foram fabricadas com o coronavírus original identificado em Wuhan, na China, no início da pandemia. Com tantas mutações no vírus desde então, há o que os cientistas chamam de escape vacinal.
Quando um paciente é infectado pelas subvariantes, há uma chance da infecção “furar” a proteção oferecida. Isso é motivo de preocupação, principalmente, para os pacientes idosos e com problemas no sistema imunológico.
As novas fórmulas, no entanto, "podem aumentar a proteção contra esses vírus que estão vindo com uma variação muito importante na composição de DNA", explicou, em entrevista ao Diário do Nordeste, em dezembro passado, a infectologista Melissa Medeiros.
Até agora a gente se vacinou com vacinas produzidas a partir de uma cepa original dos primeiros coronavírus que rodaram pelo mundo. A gente percebeu que foram surgindo novas ondas causadas por variantes