Ceará é um dos quatro estados com alta de infectados por rinovírus; saiba sintomas

O rinovírus é um agente viral altamente contagioso responsável pela maioria dos resfriados comuns. Mas, em alguns casos, ele pode gerar sintomas mais graves

O Ceará é um dos quatro estados brasileiros que registraram aumento de casos críticos envolvendo infecções por rinovírus entre crianças e adolescentes. Os dados consideram o período entre 27 de outubro e 2 de novembro e foram publicados no boletim Infogripe dessa quinta-feira (7), divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também tiveram alta de casos a Bahia, o Rio de Janeiro e o Maranhão

O Infogripe considera as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas no sistema de informação mantido pelo Ministério da Saúde e alimentado por estados e municípios. A síndrome nada mais é do que uma complicação respiratória associada ao agravamento de uma infecção viral. Nesses casos, o paciente pode ter, por exemplo, dificuldade para respirar e sofrer queda no nível de saturação de oxigênio

Às vezes, esses quadros são desencadeados pelo rinovírus, um agente viral altamente contagioso responsável pela maioria dos resfriados comuns. Em geral, os indivíduos infectados por esse vírus desenvolvem sintomas leves, como coriza, dor de garganta, tosse, espirros e congestão nasal. Mas, em alguns casos, especialmente envolvendo crianças pequenas, a doença pode evoluir para a SRAG.

Covid-19 em queda

Os casos de SRAG associados à Covid-19, no entanto, estão em queda em quase todos os estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, exceto pelo Rio de Janeiro, que vivencia um crescimento dos registros, especialmente em idosos.

De acordo com o Infogripe, nas últimas quatro semanas epidemiológicas analisadas, prevaleceram no País as infecções para rinovírus (36,8%), coronavírus (24,2%), influenza B (11%), influenza A (11%) e vírus sincicial respiratório (4,9%).

Já entre os casos desse período que evoluíram para óbito, 56,3% foram associados à Covid, 16,3% à influenza A, 11,2% à influenza B, 7,4% ao rinovírus e 0,5% ao VSR.

Vacinação 

Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, o aumento dos casos graves por Covid-19 foi verificado, principalmente, entre idosos no Rio de Janeiro. Já o rinovírus continua sendo o principal agente a levar à hospitalização crianças e adolescentes de até 14 anos.

Por causa disso, a profissional reforça a importância de que todas as pessoas dos grupos de risco — idosos, crianças, pessoas com comorbidades e puérperas — estejam vacinadas contra a Covid-19.